Antiguidades e relicários familiares contam histórias, carregam segredos e aguardam a possibilidade de construir novas memórias

Influenciada pela semana de Finados, ou pela lembrança da morte de meu pai, fui tomada por um sentimento de nostalgia misturado com saudade

Acervo pessoal: Helena Degreas

Não sei se influenciada pela semana de Finados, ou pela lembrança da morte de meu pai, que curiosamente ocorreu no dia do aniversário do meu falecido tio Nicolas – que aparentemente veio buscá-lo –, fui tomada por um sentimento de nostalgia misturado com saudade, muita saudade. Na estante, lá no alto, encontrei o rádio de pilha “transistor super de luxe – 3 band, 2 speaker international” e mais um monte de outras coisas escritas, menos o registro da marca, que acabei herdando de meu pai durante o desmonte do seu escritório lá no Brás. É bonito. Prata, preto e antena longa, comprida, para captar as ondas do rádio que ao ser ligado 14 anos depois, por mim, curiosamente, estava sintonizado na rádio Jovem Pan, cujos programas de futebol ele ouvia atentamente até o último dia de sua vida. Gosto do design dos objetos. Sou um ser que acumula tralhas há anos, desde sempre. Não estou presa a um período específico. Distribuídos para todos os lados do meu lar, eles criam uma composição peculiar, para dizer o mínimo.

Outro dia pedi para consertar um móvel que pertencia à minha sogra. Ao entrar em casa, observo a expressão de espanto no rosto do velho marceneiro. Passados alguns segundos, vem a pergunta entrecortada pelo som rouco do cuco que, escondido entre quadros, anunciava a hora com erro de 20 minutos: “A senhora é comerciante de móveis antigos?”, questionou. “Não, meu senhor, é só uma casa repleta de memórias. Minhas e de todos aqueles que já foram seus possuidores”. O marceneiro foi embora com a mesma expressão da entrada, entendeu coisa nenhuma. Só levou a mesa de canto em madeira com patas de leão entalhada para polir. Nem conto o tanto de trabalho que estes detalhes todos me dão para tirar o pó, mas minha sogra gostava dela, cuidava bem de cada detalhe. Sinto-me reconfortada cuidando de algo que lhe pertenceu. Se é que existe algo depois que a gente vira nada, ela deve estar tentando entender o porquê de tanto zelo com uma coisa, um objeto. Sei lá. Não trato como relicário, só como lembrança.

Saio de casa. Sábado de uma manhã ensolarada. Imbuída da missão de escrutinar comportamentos sociais alheios, tenho este triste hábito, meus colegas de pesquisa bem o sabem. Me dirigi à Praça Benedito Calixto a pé. Acordei assim, sem explicação. Vontade de destrinchar segredos, ler a alma e os pensamentos das pessoas à volta em segredo. Na primeira barraca da Feira de Antiguidades deparo-me com várias fotos de época. Em uma delas, uma jovem vestida de noiva estampava um sorriso no rosto, esperançoso, aguardando uma nova fase da vida em que, imaginando-se dona de si, construiria seu lar e o de sua família. Largada sobre uma mesa, a imagem misturava-se às demais quinquilharias, retratando o momento feliz de alguém que desconheço. Quero crer que tenha tido uma vida boa como sonhara e que as fotos de sua realização pessoal e familiar venham a ter um destino melhor do que aquele que seus bisnetos lhe conferiram: abandono. Mais adiante, uma barraquinha repleta de carrinhos, naves espaciais, trens de lata, robôs, super-heróis, fortes-apache, e até uma inusitada caixa de papelão com a imagem do boneco Pedro de Lara, ao lado do boneco Falcon, aguardavam por um lar e pela possibilidade de construir novas e, por que não, agradáveis memórias futuras. “Descartados, os brinquedos carregam mágoas?” pensei.

“Oi, como vai o senhor, tudo bem? Tem alguma história para me contar sobre brinquedos magoados?” perguntei ao Senhor Milton (miltonalemao@ig.com.br), da feirinha de antiguidades. “Tenho”, responde ele de pronto, “várias”. “Sabe, tempos atrás, uma jovem trouxe aqui uma boneca feita de massa, corpo de pano rasgado, olhos fechados, cabelo desgrenhado, parecia castanho, sem nenhuma roupa. Dava para perceber que ela não gostava da boneca. Acho até que detestava. Queria vender de qualquer jeito. Era da bisavó dela. Aparentemente, tinha alguma desavença familiar entre as mulheres da família. Trocava por qualquer valor, tipo troco para cerveja. ‘Não compro bonecas’, eu disse a ela. Mas ela insistia tanto que paguei o valor da tal cerveja. Levei para casa. Decidi não colocar a venda. Dei banho, costurei o corpo de pano, penteei os cabelos que se mostraram lisos, cacheados, pareciam humanos de tão macios que ficaram. Pedi à vizinha que fizesse uma roupinha para não deixá-la assim, tão exposta, digamos. Há que se respeitar o recato, mesmo que de uma bonequinha do século XIX. Feito o vestidinho, o chapéu, lacinhos no cabelo, meia e sapatinhos, deixei sentadinha na estante da sala, dormindo tranquila de olhos bem fechados. Ao acordar no outro dia pela manhã, tomo o café, arrumo a casa e vou até a estante pegar minha carteira. E não é que ela estava de olhos bem abertos observando a casa? Eram azuis, de um azul muito vivo, lindo! Nem precisei consertar. Parecia ter encontrado o respeito, viu um novo lar”, contou Milton.

Outros tantos relatos preencheram minha manhã. Casos de objetos que passaram da condição de relicários familiares para antiguidades e velharias que, comercializáveis por ora, buscam novas serventias. Mosaico de tempos passados, tive o prazer de ouvir histórias únicas, longe dos livros de história, escrutinei pensamentos, comportamentos e li almas através das coisas que pertenciam a pessoas que sequer conheci, contadas pelas histórias de pessoas que sequer conheço no meio de uma feirinha de antiguidades de uma praça que semanalmente comercializa objetos em busca de uma nova oportunidade. Ao sair, levei lembranças, trouxe memórias de outros, agora minhas também e que compartilho com os leitores.

Tem alguma dúvida ou quer sugerir um tema? Escreva para mim no Twitter ou Instagram: @helenadegreas

Por Helena Degreas 04/11/2023 09h00 – Atualizado em 04/11/2023 12h59 para a JovemPanNews

Contribuições à revisão do 3.3.2. Artigo 13 do PDE 2014 – teste

3.3.2. Artigo 13

A Lei nº 16.050, de 2014, passa a vigorar acrescida de artigo 77-A com a seguinte redação:

Art. 77-A. Com base nos critérios previstos no artigo 76 desta lei, a revisão das demarcações de zoneamento, atualmente realizadas pela Lei nº 16.402,  de 22 de março de 2016 – Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS, considerará para a delimitação de Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP) ou Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto Ambiental (ZEUPa), as áreas de influência decorrentes dos elementos estruturais do sistema de transporte coletivo de alta e média capacidade indicados no Mapa 9 desta lei.” (NR)

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  •  Silvia Cristina Hito

Sugiro definir o que é considerado um transporte coletivo de alta e média capacidade.

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  •  ERIKA BORGONOVO BARROTE

Deveriam adicionar uma exceção a proteção de imóveis de época, não apenas os tombados . As incorporadoras estão destruindo os bairros, região da Pompeia, Perdizes e Vila Madalena completamente descaracterizadas. Derrubam casa antigas, muitas com árvores centenárias e constroem 40 andares de verdadeiros pombais de 20 m2 sem sequer preservar a historia do bairro, com compensação ambiental pífia de no máximo 3 arvores e olhe lá

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  •  Ricardo Monteiro

importante que seja revisto as zonas de estruturação da transformação urbana, notadamente revisar às áreas de abrangência das : ZEU, ZEUa, ZEUP e ZEUPa, é fato e notório que as zonas residencias e não residenciais dessas zonas, precisam ser ampliadas.

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  •  Luiz carlos vidigal pontes neto

Sugiro que as áreas que estejam até 600 mts de uma estação do metrô sejam alteradas para o zoneamento ZEU. Essa delimitação já existe mas em várias estações o zoneamento com essa distância ainda não foi alterado para Zeu .

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  •  Laurita Salles

EM NOME DO PRO PINHEIROS, colocamos aqui na falta de melhor opção nossa proposta para o Art 77o CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente Item I e normativas correlatas ESBOÇO para o Item I Art. 77 na Revisão do PDE: Art. 77. As áreas de influência dos eixos poderão ter seus limites revistos pela legislação de parcelamento de uso e ocupação do solo – LPUOS, com base em estudos que considerem: I – a exclusão de quadras ou imóveis considerados de interesse de preservação cultural ou ambiental; §1º – Os estudos a serem realizados para as quadras e imóveis a que se refere o inciso I deste artigo, referem-se a áreas a serem demarcadas no território das ZEU que tenham interesse urbanístico com qualidades consideradas passiveis de manter suas características como áreas reservas de referencia urbana suscetíveis ou aptas à conservação de sua morfologia por sua relevância urbana, histórica, cultural, arqueológica e/ou arquitetônico e/ou ou ambiental e caracterização por tipologias existentes similares ou que se enquadrem àquelas das zonas descritas no âmbito do PDE nos artigos 31. e 32. e que não tenham perfil de ZEU , ZEPAM ou ZEPEC. §2º Esses estudos deverão apresentar, no mínimo: a. Descritivo geral da área com a caracterização da morfologia urbana da área ou imóvel com levantamento fotográfico e indicadores urbanísticos que manifestem a adequação desta à uma das morfologias de zonas descritas do PDE nos artigos 31. e 32. do PDE excluídas ZEU , ZEPAM, ou ZEPEC. b. Zoneamento atual e zoneamento proposto. c. A delimitação das quadras, setor, endereço, com a delimitação do perímetro ou área no mapa acompanhada de foto aérea (Geosampa -PMSP ou equivalente) da zona ou imóveis de interesse urbanístico em análise. d. Levantamento fotográfico da zona de interesse com indicação da tipologia de imóveis predominantes, características arquitetônicas, imóveis com interesse histórico e cultural, sociabilidade urbana, morfologia da implantação urbana, qualificações paisagísticas e ambientais ou outras manifestações existentes consideradas pertinentes. e. Tipo de conjunto, tipologia/padrão arquitetônico, distância até o metrô, área total do conjunto, densidade populacional, data de construção. f. Descrição/Caracterização com indicação das vias envolvidas, conjuntos de imóveis, tipos de recuos, total de imóveis nas vias, acessos a vias públicas externas e/ou internas, manutenção ou não de características de época, volumetria, uso do solo, características arquitetônicas e/ou históricas, e/ou manifestações e inventário breve das características da paisagem, fauna e vegetação ou outras de interesse. g. Justificativa para a exclusão da microzona em pauta das áreas de influência dos eixos e comparativo com qualificações das tipologias de zonas definidas no PDE incluindo indicação breve das mudanças recentes no entorno, ameaças e consequências, uso e ocupação do solo, se testemunho da ocupação do bairro, permeabilidade, relação com o entorno e, se pertinente, qualificação arquitetônica histórica ou da vegetação e fauna enquanto tipologia de unidade da paisagem . § 3 º Os estudos descritos nos parágrafos §1º e §2º podem ser feita por munícipes, especialistas na área de arquitetura e/ou urbanismo e pelo poder executivo da cidade de São Paulo via SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e devem ser acompanhados de requerimento formal de solicitação de aplicação da exclusão da microzona de interesse urbanístico da área de ZEU através do Art. 77 do CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA , Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente, inciso. I. § 4 º O trâmite processual deverá seguir os seguintes passos: a. Os estudos e requerimento descritos nos parágrafos §1º, §2º e § 3 º devem ser protocolados de forma virtual ou analógica junto à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo. b. A SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo deverá deverá imediatamente encaminhá-los à Subprefeitura correspondente e, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, após seu recebimento, serem apreciados pelo respectivo Conselho Participativo Municipal (CPM) que poderá opinar sobre a matéria em reunião oficial e publica e a seguir, enviá-la à SMUL. c. Caberá à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo fazer a aprovação final da proposta e, em prazo de 60 dias (sessenta)emitir seu parecer; este deverá ser devidamente publicizado e poderá ser questionado ou aprimorado através de requerimento específico no prazo de 20 (vinte) dias, pelos requerentes e/ou Conselho Participativo Municipal (CPM) da respectiva subprefeitura e, no prazo de mais 20 (vinte) dias ser emitido o parecer final. § 5º – O poder público deverá, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, tomar as medidas necessárias para a elaboração de PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou especifico) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) e encaminhada à Câmara Municipal, considerando a aprovação da demanda segundo o § 4 º a.É conferida a possibilidade ao poder executivo propor um aditivo à PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pelo Art. 77 com a conjugação de todas as demandas apresentadas no período segundo os itens I, II, III, IV, V e VI e encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período. 6 º A partir da aprovação dos estudos e requerimento segundo o § 4 º ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para os imóveis situados na microzona em análise e a serem excluídos das áreas de influência dos eixos, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, que estabeleça sua exclusão da tipologia ZEU, e nova tipologia de zona a ser adotado para essas quadras, imóveis e/ou paisagem. §7º – No caso do não cumprimento dos prazos estabelecidos pelos § 4 º, § 5º e 7º, ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para toda a microzona em questão, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, a que se refere o § 5 º . §8ºAssim, após a Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica segundo os parágrafos acima e após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se tais mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. 1b. PROCEDIMENTOS GERAIS LPUOS CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA P.54 PDE ilustrado Seção I – Das Diretrizes para a Revisão da LPUOS P.54 SEÇÃO I – DAS DIRETRIZES PARA A REVISÃO DA LPUOS Art. 27. De acordo com os objetivos e diretrizes expressos neste PDE para macrozonas, macroáreas e rede de estruturação da transformação urbana, a legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS deve ser revista, simplificada e consolidada segundo as seguintes diretrizes: ………………………. depois de XLVIII ……………….. ( no ilustrado) § 1º (VETADO) colocar aqui se puder Por ocasião da Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica no prazo de 180 dias após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se as mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. § 2º Os Planos de Bairro, quando existentes e a ser realizados conforme o presente PDE, deverão ser considerados na revisão da LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) a ser realizada periodicamente em acordo com as novas especificidades que vierem a ser necessárias , tendo em vista o § 1º. § 3º Nos casos de implementação do ART. do 77o no CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE, itens de I a VI é conferida a possibilidade ao poder executivo de propor um aditivo periódico como PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) com a conjugação de todas as demandas apresentadas na cidade de São Paulo referentes aos itens I, II, III, IV, V e VI do mesmo Art 77 e. encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período ou , ainda, segundo trâmites específicos para o Item I. § 4º No caso da criação e delimitação de novas categorias de uso ou zoneamento criadas por ocasião do PDE com a finalidade de preservação fica conferida a possibilidade ao poder executivo de propor um aditivo periódico como PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) com a conjugação de todas as demandas apresentadas na cidade de São Paulo utilizando-se do § 1º ou juntando-se ao § 3º e encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período. §5º Assim, após a Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica segundo os parágrafos acima e após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se tais mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. OBSERVAÇÃO: 1. A proposta acima pode ser emitida como DECRETO REGULAMENTADOR (prefeito assina) 2.A periodicidade tem que respeitar o prazo mínimo de 1(um) ano para Lei específica da LPUOS tendo em vista a pela Lei Orgânica de Municípios.( https://leismunicipais.com.br/lei-organica-sao-paulo-sp) 3. No que se refere à parte ambiental esta proposta deve ser aperfeiçoada, incluindo nascentes e outras manifestações de interesse ambiental para preservação.

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  •  Carlos Antonio Seabra

Os cidadaõs, contribuintes e eleitores do Brooklin Novo e apoiadores da AMEBRON ( Associação dos Moradores e Empresários do Brooklin Novo) pedem a mudança do zoneamento da Rua Guararapes de ZPR pra Zm, pois o movimento da rua/corredor sempre foi igual em toda sua extensão e onde passam 3( três ) linhas de ônibus e ter um zoneamento ZM por 2 (dois ) quarteirões no seu início e passar para ZPR por 5 (cinco ) quarteirões na sua continuidade e voltar a serZM novamente por mais 1 (um ) quarteirão e finalmente ZC. Por consequência é totalmente ser reconhecido e justificado que a revisão intermediaria do Plano Diretor Estratégico execute o nosso pedido de inserção dos 5 ( cinco) quarteirões classificados atualmente como ZPR para ZM. Na sub Prefeitura de Pinheiros e nas outras sub prefeituras não achamos nos mapas nenhuma rua/corredor sendo ZPR.

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  •  Fábio Gonçalves Dias

Necessária a revisão do mapa de zoneamento. O imóvel localizado na Avenida Washington Luis nº 1855, (contribuinte: 090.484.0004-1), consta no mapa de zoneamento como ZER 1. Todavia, a avenida Washington Luis é uma avenida Zona Corredor 2. A exemplo, o imóvel vizinho, localizado na Avenida Washington Luis nº1885 (contribuinte: 090.484.0005-8) está classificado como ZCor2. Portanto, necessária tal revisão no mapa.

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  •  Leonardo Ferreira

Os cidadãos, contribuintes e eleitores do Brooklin Novo, através da AMEBRON Associação dos Moradores e Empresários do Brooklin Novo , pedem a mudança do Zoneamento da Rua Guararapes de ZPR para ZM, pois o movimento da rua/corredor sempre foi igual em toda sua extensão e onde passam 3 linhas de ônibus e ter um zoneamento ZM por 2 quarteirões no seu início e passar para ZPR pôr 5 quarteirões na sua continuidade e voltar a ser ZM novamente por mais 1 quarteirão e finalmente ZC. Por consequência é totalmente ser reconhecido e justificado que a revisão intermediária do plano diretor estratégico execute o nosso pedido de inserção dos 5 quarteirões classificados atualmente como ZPR para ZM. Na nossa sub prefeitura de Pinheiros e nas outras sub prefeituras não achamos nos mapas nenhuma rua/corredor sendo ZPR.

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  •  Nicoli Ornelas

Esse Artigo precisa fazer uma revisão ou conferência das ZEUP, pois houveram Estação de Metro e Corredores de Ônibus que vieram depois da LPUOS de 2016. Justificativa: Portanto, há quadras que deveriam ser ZEUP e não foram delimitadas como tal, seguindo o artigo 76 desta Lei. Há quadras “esquecidas”, que não são ZER ou fazem parte do perímetro da Operação Urbana, e sim, ZM e ZC encostados em estação de Metro. Deveriam ser ZEU ou ZEUP, pois são zonas mistas dentro de EIXO !

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  •  helenadegreas

EM NOME DO MOVIMENTO PRO PINHEIROS PROPOMOS ( colocamos aqui na falta de melhor lugar) PROPOSTA DE INSERÇÃO DE PARAGRAFO ÚNICO NO PDE, Lei nº 16.050, de 2014 In: TÍTULO II – DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Art. 29. A legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS deverá apresentar estratégia para controle de: …………………. XIII – bens e áreas de valor histórico, cultural, paisagístico e religioso; Paragrafo único. A LPUOS poderá também rever a chamada “Lei das vilas “ principalmente incluindo vias com ou sem saída e proibindo também o remembramento interno entre lotes internos adequando essa disciplina às diretrizes mencionadas o caput do art. 64 e adequações nos itens entre outras providencias .” (NR) Segue a proposta a ser modificada no ART64 e dispositivos subsequentes na LPUOS Proposta de modificação Art. 64 LPUOS com vistas a maior proteção das vilas em São Paulo, não permitindo o remembramento dos lotes internos às vilas entre outras modificações. PROPOSTA DE NOVO TEXTO do PRO PINHEIROS: Art. 64. Nas quadras que contenham vilas ou via com ou sem saída com largura igual ou inferior a 10m (dez metros), aplicam-se as seguintes disposições I – na faixa envoltória da vila ou via com ou sem saída deverá ser observado o gabarito de altura máxima de 15m (quinze metros), quando o gabarito definido para a zona não for mais restritivo; II – os lotes pertencentes à vila não poderão ser remembrados entre si, nem a lotes que não pertençam à vila; III – o uso e ocupação do solo de vila existente será regido pelos indicadores e normas da Zona Predominantemente Residencial (ZPR) . Parágrafo único. A faixa envoltória a que se refere o inciso I do “caput” deste artigo será: I – no caso de vila, de 30m (trinta metros), medidos a partir do perímetro externo dos lotes; II – no caso de rua sem saída, de 30m (trinta metros), medidos a partir do perímetro externo dos lotes. OBS- CAPUT.Art 64 : rua com ou sem saída para também proteger ruas estreita com saída características de vila no sentido amplo . I –15m (quinze metros), para melhor proteger as vilas e seu entorno, não olhando só o raciocínio de Lote e tendo proteção relativa à altura em TODAS AS ZONAS II – Proibir também o remembramento interno entre lotes internos, pois as incorporadores COMPRAM TODOS OS LOTES INTERNOS, deixando de existir a Vila e por esse BYPASS somem com a vila e fogem do Art. 64. Parágrafo único. A faixa envoltória a que se refere o inciso I do “caput” deste artigo será:30 m, para ficar no mínimo de outro lado da rua em vilas internas ou outras onde exista um lote externo à vila (muitas vezes com 25 m de fundo). OBS: PODE SER FEITA LEI ESPECIFICA modificando LPUOS

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  •  majory imai

COMO PARTICIPANTE DO MOVIMENTO PRO PINHEIROS, colocamos aqui na falta de melhor opção nossa proposta para o Art 77o CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente Item I e normativas correlatas ESBOÇO para o Item I Art. 77 na Revisão do PDE: Art. 77. As áreas de influência dos eixos poderão ter seus limites revistos pela legislação de parcelamento de uso e ocupação do solo – LPUOS, com base em estudos que considerem: I – a exclusão de quadras ou imóveis considerados de interesse de preservação cultural ou ambiental; §1º – Os estudos a serem realizados para as quadras e imóveis a que se refere o inciso I deste artigo, referem-se a áreas a serem demarcadas no território das ZEU que tenham interesse urbanístico com qualidades consideradas passiveis de manter suas características como áreas reservas de referencia urbana suscetíveis ou aptas à conservação de sua morfologia por sua relevância urbana, histórica, cultural, arqueológica e/ou arquitetônico e/ou ou ambiental e caracterização por tipologias existentes similares ou que se enquadrem àquelas das zonas descritas no âmbito do PDE nos artigos 31. e 32. e que não tenham perfil de ZEU , ZEPAM ou ZEPEC. §2º Esses estudos deverão apresentar, no mínimo: a. Descritivo geral da área com a caracterização da morfologia urbana da área ou imóvel com levantamento fotográfico e indicadores urbanísticos que manifestem a adequação desta à uma das morfologias de zonas descritas do PDE nos artigos 31. e 32. do PDE excluídas ZEU , ZEPAM, ou ZEPEC. b. Zoneamento atual e zoneamento proposto. c. A delimitação das quadras, setor, endereço, com a delimitação do perímetro ou área no mapa acompanhada de foto aérea (Geosampa -PMSP ou equivalente) da zona ou imóveis de interesse urbanístico em análise. d. Levantamento fotográfico da zona de interesse com indicação da tipologia de imóveis predominantes, características arquitetônicas, imóveis com interesse histórico e cultural, sociabilidade urbana, morfologia da implantação urbana, qualificações paisagísticas e ambientais ou outras manifestações existentes consideradas pertinentes. e. Tipo de conjunto, tipologia/padrão arquitetônico, distância até o metrô, área total do conjunto, densidade populacional, data de construção. f. Descrição/Caracterização com indicação das vias envolvidas, conjuntos de imóveis, tipos de recuos, total de imóveis nas vias, acessos a vias públicas externas e/ou internas, manutenção ou não de características de época, volumetria, uso do solo, características arquitetônicas e/ou históricas, e/ou manifestações e inventário breve das características da paisagem, fauna e vegetação ou outras de interesse. g. Justificativa para a exclusão da microzona em pauta das áreas de influência dos eixos e comparativo com qualificações das tipologias de zonas definidas no PDE incluindo indicação breve das mudanças recentes no entorno, ameaças e consequências, uso e ocupação do solo, se testemunho da ocupação do bairro, permeabilidade, relação com o entorno e, se pertinente, qualificação arquitetônica histórica ou da vegetação e fauna enquanto tipologia de unidade da paisagem . § 3 º Os estudos descritos nos parágrafos §1º e §2º podem ser feita por munícipes, especialistas na área de arquitetura e/ou urbanismo e pelo poder executivo da cidade de São Paulo via SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e devem ser acompanhados de requerimento formal de solicitação de aplicação da exclusão da microzona de interesse urbanístico da área de ZEU através do Art. 77 do CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA , Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente, inciso. I. § 4 º O trâmite processual deverá seguir os seguintes passos: a. Os estudos e requerimento descritos nos parágrafos §1º, §2º e § 3 º devem ser protocolados de forma virtual ou analógica junto à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo. b. A SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo deverá deverá imediatamente encaminhá-los à Subprefeitura correspondente e, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, após seu recebimento, serem apreciados pelo respectivo Conselho Participativo Municipal (CPM) que poderá opinar sobre a matéria em reunião oficial e publica e a seguir, enviá-la à SMUL. c. Caberá à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo fazer a aprovação final da proposta e, em prazo de 60 dias (sessenta)emitir seu parecer; este deverá ser devidamente publicizado e poderá ser questionado ou aprimorado através de requerimento específico no prazo de 20 (vinte) dias, pelos requerentes e/ou Conselho Participativo Municipal (CPM) da respectiva subprefeitura e, no prazo de mais 20 (vinte) dias ser emitido o parecer final. § 5º – O poder público deverá, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, tomar as medidas necessárias para a elaboração de PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou especifico) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) e encaminhada à Câmara Municipal, considerando a aprovação da demanda segundo o § 4 º a.É conferida a possibilidade ao poder executivo propor um aditivo à PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pelo Art. 77 com a conjugação de todas as demandas apresentadas no período segundo os itens I, II, III, IV, V e VI e encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período. 6 º A partir da aprovação dos estudos e requerimento segundo o § 4 º ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para os imóveis situados na microzona em análise e a serem excluídos das áreas de influência dos eixos, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, que estabeleça sua exclusão da tipologia ZEU, e nova tipologia de zona a ser adotado para essas quadras, imóveis e/ou paisagem. §7º – No caso do não cumprimento dos prazos estabelecidos pelos § 4 º, § 5º e 7º, ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para toda a microzona em questão, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, a que se refere o § 5 º . §8ºAssim, após a Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica segundo os parágrafos acima e após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se tais mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. 1b. PROCEDIMENTOS GERAIS LPUOS CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA P.54 PDE ilustrado Seção I – Das Diretrizes para a Revisão da LPUOS P.54 SEÇÃO I – DAS DIRETRIZES PARA A REVISÃO DA LPUOS Art. 27. De acordo com os objetivos e diretrizes expressos neste PDE para macrozonas, macroáreas e rede de estruturação da transformação urbana, a legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS deve ser revista, simplificada e consolidada segundo as seguintes diretrizes:

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  •  Rosanne Guiomar Brancatelli

COMO PARTICIPANTE DO MOVIMENTO PRO PINHEIROS, colocamos aqui na falta de melhor opção nossa proposta para o Art 77o CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente Item I e normativas correlatas Art. 77. As áreas de influência dos eixos poderão ter seus limites revistos pela legislação de parcelamento de uso e ocupação do solo – LPUOS, com base em estudos que considerem: I – a exclusão de quadras ou imóveis considerados de interesse de preservação cultural ou ambiental; §1º – Os estudos a serem realizados para as quadras e imóveis a que se refere o inciso I deste artigo, referem-se a áreas a serem demarcadas no território das ZEU que tenham interesse urbanístico com qualidades consideradas passiveis de manter suas características como áreas reservas de referencia urbana suscetíveis ou aptas à conservação de sua morfologia por sua relevância urbana, histórica, cultural, arqueológica e/ou arquitetônico e/ou ou ambiental e caracterização por tipologias existentes similares ou que se enquadrem àquelas das zonas descritas no âmbito do PDE nos artigos 31. e 32. e que não tenham perfil de ZEU , ZEPAM ou ZEPEC. §2º Esses estudos deverão apresentar: a. Descritivo geral da área com a caracterização da morfologia urbana da área ou imóvel com levantamento fotográfico e indicadores urbanísticos que manifestem a adequação desta à uma das morfologias de zonas descritas do PDE nos artigos 31. e 32. do PDE excluídas ZEU , ZEPAM, ou ZEPEC. b. Zoneamento atual e zoneamento proposto. c. A delimitação das quadras, setor, endereço, com a delimitação do perímetro ou área no mapa acompanhada de foto aérea (Geosampa -PMSP ou equivalente) da zona ou imóveis de interesse urbanístico em análise. d. Levantamento fotográfico da zona de interesse com indicação da tipologia de imóveis predominantes, características arquitetônicas, imóveis com interesse histórico e cultural, sociabilidade urbana, morfologia da implantação urbana, qualificações paisagísticas e ambientais ou outras manifestações existentes consideradas pertinentes. e. Tipo de conjunto, tipologia/padrão arquitetônico, distância até o metrô, área total do conjunto, densidade populacional, data de construção. f. Descrição/Caracterização com indicação das vias envolvidas, conjuntos de imóveis, tipos de recuos, total de imóveis nas vias, acessos a vias públicas externas e/ou internas, manutenção ou não de características de época, volumetria, uso do solo, características arquitetônicas e/ou históricas, e/ou manifestações e inventário breve das características da paisagem, fauna e vegetação ou outras de interesse. g. Justificativa para a exclusão da microzona em pauta das áreas de influência dos eixos e comparativo com qualificações das tipologias de zonas definidas no PDE incluindo indicação breve das mudanças recentes no entorno, ameaças e consequências, uso e ocupação do solo, se testemunho da ocupação do bairro, permeabilidade, relação com o entorno e, se pertinente, qualificação arquitetônica histórica ou da vegetação e fauna enquanto tipologia de unidade da paisagem . § 3 º Os estudos descritos nos parágrafos §1º e §2º podem ser feita por munícipes, especialistas na área de arquitetura e/ou urbanismo e pelo poder executivo da cidade de São Paulo via SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e devem ser acompanhados de requerimento formal de solicitação de aplicação da exclusão da microzona de interesse urbanístico da área de ZEU através do Art. 77 do CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA , Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE vigente, inciso. I. § 4 º O trâmite processual deverá seguir os seguintes passos: a. Os estudos e requerimento descritos nos parágrafos §1º, §2º e § 3 º devem ser protocolados de forma virtual ou analógica junto à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo. b. A SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo deverá deverá imediatamente encaminhá-los à Subprefeitura correspondente e, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, após seu recebimento, serem apreciados pelo respectivo Conselho Participativo Municipal (CPM) que poderá opinar sobre a matéria em reunião oficial e publica e a seguir, enviá-la à SMUL. c. Caberá à SMUL/Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo fazer a aprovação final da proposta e, em prazo de 60 dias (sessenta)emitir seu parecer; este deverá ser devidamente publicizado e poderá ser questionado ou aprimorado através de requerimento específico no prazo de 20 (vinte) dias, pelos requerentes e/ou Conselho Participativo Municipal (CPM) da respectiva subprefeitura e, no prazo de mais 20 (vinte) dias ser emitido o parecer final. § 5º – O poder público deverá, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, tomar as medidas necessárias para a elaboração de PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou especifico) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) e encaminhada à Câmara Municipal, considerando a aprovação da demanda segundo o § 4 º a.É conferida a possibilidade ao poder executivo propor um aditivo à PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pelo Art. 77 com a conjugação de todas as demandas apresentadas no período segundo os itens I, II, III, IV, V e VI e encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período. 6 º A partir da aprovação dos estudos e requerimento segundo o § 4 º ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para os imóveis situados na microzona em análise e a serem excluídos das áreas de influência dos eixos, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, que estabeleça sua exclusão da tipologia ZEU, e nova tipologia de zona a ser adotado para essas quadras, imóveis e/ou paisagem. §7º – No caso do não cumprimento dos prazos estabelecidos pelos § 4 º, § 5º e 7º, ficará suspensa a obtenção de licenciamento de qualquer espécie para toda a microzona em questão, até a promulgação PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, a que se refere o § 5 º . §8ºAssim, após a Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica segundo os parágrafos acima e após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se tais mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. 1b. PROCEDIMENTOS GERAIS LPUOS CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA P.54 PDE ilustrado Seção I – Das Diretrizes para a Revisão da LPUOS P.54 SEÇÃO I – DAS DIRETRIZES PARA A REVISÃO DA LPUOS Art. 27. De acordo com os objetivos e diretrizes expressos neste PDE para macrozonas, macroáreas e rede de estruturação da transformação urbana, a legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS deve ser revista, simplificada e consolidada segundo as seguintes diretrizes: ………………………. depois de XLVIII ……………….. ( no ilustrado) § 1º (VETADO) colocar aqui se puder Por ocasião da Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica no prazo de 180 dias após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se as mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos. § 2º Os Planos de Bairro, quando existentes e a ser realizados conforme o presente PDE, deverão ser considerados na revisão da LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) a ser realizada periodicamente em acordo com as novas especificidades que vierem a ser necessárias , tendo em vista o § 1º. § 3º Nos casos de implementação do ART. do 77o no CAPÍTULO II – DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA Seção VIII – Dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana do PDE, itens de I a VI é conferida a possibilidade ao poder executivo de propor um aditivo periódico como PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) com a conjugação de todas as demandas apresentadas na cidade de São Paulo referentes aos itens I, II, III, IV, V e VI do mesmo Art 77 e. encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período ou , ainda, segundo trâmites específicos para o Item I. § 4º No caso da criação e delimitação de novas categorias de uso ou zoneamento criadas por ocasião do PDE com a finalidade de preservação fica conferida a possibilidade ao poder executivo de propor um aditivo periódico como PL( Projeto de lei aditiva ou aditivo ou específica) à LPUOS ( Lei de Zoneamento) com a conjugação de todas as demandas apresentadas na cidade de São Paulo utilizando-se do § 1º ou juntando-se ao § 3º e encaminhá-lo à Câmara Municipal, a cada 4 ( quatro) meses ou 120 ( cento e vinte) dias, necessariamente, contados a partir do recebimento da primeira demanda no período. §5º Assim, após a Revisão do Plano Diretor a LPUOS Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Ordinária 16402 2016 São Paulo SP) poderá ser revista e publicada como lei específica segundo os parágrafos acima e após a aprovação da Revisão do Plano Diretor (PDE), apenas com as modificações e propostas surgidas nessa mesma Revisão, sobrepondo-se tais mudanças às antes vigentes nestes itens e devidamente promulgadas nesses termos.

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  •  CMDRSS

A Lei nº 16.050, de 2014, passa a vigorar acrescida de artigo 77-A com a seguinte redação: A delimitação da ZEU e ZEUP deverá também considerar condicionantes geotécnicos e hidrogeológicos da região utilizando a carta geotécnica.

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  •  Mila Maluhy

Todos os novos empreendimentos deverão apresentar Estudo de Impacto. Liberaram centenas de novos prédios pela cidade sem nenhum estudo. A maioria das regiões não comporta esses aumentos que vão deixar a cidade mais caótica. Deveriam liberar predios com no maximo 15 andares. Da mesma forma, as areas permeáveis de cada imovel

Aumentar as vagas de estacionamento ao invés de ampliar transporte público? o que é isso, prefeito?

Prédios próximos da Estadão Vila Madalena do Metrô: A lei atual permite que os empreendimentos nos eixos construam “gratuitamente” um número de garagens igual ou inferior ao total de apartamentos, sem que sejam consideradas “áreas computáveis”. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Na contramão das boas práticas de gestão urbana que atuam na direção de construir cidades compactas e resilientes, o prefeito Ricardo Nunes pretende mudar o Plano Diretor estimulando o uso de automóveis justamente onde há oferta de transporte público, ou seja, nas áreas onde já existem corredores de ônibus e estações de metrô. Criar mais vagas para o estacionamento de automóveis particulares na cidade vai contra todas as discussões e ações que foram sendo construídas ao longo de quase duas décadas no que tange às questões de mobilidade urbana com ênfase na integração dos modos ativos de locomoção, na melhoria da qualidade de vida urbana com a criação de espaços públicos verdes e áreas de estar sombreadas, iluminadas e mobiliadas em frente às calçadas para provimento de espaços públicos de qualidade para a fruição dos caminhantes.

A única justificativa plausível para a alteração seria a de atender a demanda do mercado imobiliário (e todo o seu ecossistema) nos eixos de estruturação da transformação urbana. Ignorância ou má fé?

O ecossistêmica composto por empresas imobiliárias e de construção civil entendem que a oferta de vagas para estacionamento de automóveis particulares incentivará a venda dos micro apartamentos. São aquelas unidades habitacionais que em muitos casos são menores do que um quarto de hotel popular. Os estúdios de menos de 20 metros quadrados viraram investimento (fundos imobiliários) de proprietários que, encarando de frente uma bolha imobiliária prestes a explodir, estão desesperados com a possibilidade de perda iminente de seus ativos.

Os efeitos desse dispositivo são visíveis, por exemplo, na Avenida Rebouças e na Vila Madalena, áreas nas quais há uma profusão de obras. Nesses locais, há especialmente um boom de apartamentos pequenos. Em artigo recente publicado pelo Estadão, cerca de 250 mil compactos foram lançados entre 2014 e 2020 ao longo dos eixos de estruturação e transformação urbana. Incentivados pela gratuidade das garagens (áreas não computáveis no coeficiente de aproveitamento), espaços compostos por “estação para preparo de alimentos”, local para dormir proliferaram lembrando muito o boom imobiliário provocado pela construção de flats décadas atrás que deixou vários investidores com um prejuízo razoável vez que não havia tantos locadores para aquele tipo de imóvel.

Lembro-me de quando o plano diretor ainda estava em elaboração. Nele, urbanistas e técnicos municipais depositavam a confiança na construção de uma cidade mais justa em que unidades habitacionais dignas fariam parte de um “estoque” habitacional da municipalidade para compor parte da política habitacional destinada à população de baixo poder aquisitivo não atendida pelo sistema de crédito bancário. A redução na oferta do número de vagas para estacionamento ao longo de eixos de transporte público, pretendia incentivar seu uso juntamente com outros modos de locomoção não motorizada.

Anos depois e regulamentações urbanas várias, o PDE, antes inovador, vai transformando-se num Frankenstein, costurado por interesses diversos do alcaide e dos vereadores de plantão. Em tempo: eleitos pela população.

As cidades estão preparadas para acolher passeios e brincadeiras para nossas crianças?

Fonte: enquete Jovem Pan

Para a coluna desta semana fiz uma enquete cujos resultados, apesar de esperados, levou a uma situação que deveria envergonhar prefeitos, vereadores e secretários.
86% das pessoas responderam que as nossas cidades não estão preparadas apara acolher as crianças, sendo inadequadas à socialização e ao desenvolvimento infantil saudável a partir da brincadeira. Está tudo errado.
Em coluna anterior, comentei que as cidades são planejadas sob a ótica dos adultos e para atender as necessidades dos adultos do gênero masculino, jovens, sem deficiências e que se locomovem predominantemente por meio do automóvel particular. São motoristas que veem a cidade pela janela do carro preferencialmente com o vidro fechado e ar-condicionado ligado. E sempre com pressa, muita pressa.
Parecem os comportamentos dos nossos políticos, não é? de dentro do carrão com ar-condicionado, sonham com Miami, com Disney, nem sei. Só não sonham com a cidade onde moram e deveriam transformar. Afinal, a vida em shoppings, clubes, restaurantes e condomínios não se mistura com a vida da gente comum. Crianças? só aquelas que estão ao meu redor… O resultado encontra-se nas cidades fragmentadas por quilômetros e mais quilômetros de vias de alta velocidade, calçadas estreitíssimas, semáforos cujo tempo de travessia despreza a velocidade daqueles que tem locomoção reduzida como crianças, estacionamentos em vias públicas e locais para onde as crianças estão autorizadas a brincar: playgrounds em pracinhas, parques e algumas instituições.
Deu, né? que nossos votos, construam cidades melhores.

#desenvolvimento#infantil#cidades#brincar#jovempan#crianças
(desculpem o textão desabafo)

Emparedados urbanos: Não adianta ter um apartamento bem localizado se não há conforto ambiental

Na hora de escolher o novo lar, é indispensável pensar no impacto daquele ambiente à saúde das pessoas; o Sol, por exemplo, estimula a produção de vitamina D, que é responsável pela absorção do cálcio, fortalecimento dos ossos e melhoria do humor

Por Helena Degreas para a JPN 12/07/2022 09h00

Há alguns dias, acompanhei um amigo na busca do apartamento perfeito. Anos economizando aqui, cortando gastos ali, horas extras e bicos de toda sorte permitiram-lhe juntar algum dinheirinho para dar de entrada em seu imóvel. Emprego garantido, salário em dia, pretendia financiar o saldo devedor pelos próximos anos. Feliz, veio logo me procurar. Dizia que com uma arquiteta ao seu lado, ele encontraria o lugar ideal sem correr o risco de cair em alguma cilada. Não entendi muito bem o que ele quis dizer com cilada, mas, enfim, acompanhei-o de bom grado. Conversa em boa companhia é sempre muito bem-vinda em tempos sombrios. Chegamos juntos e nos encontramos na estação de metrô no horário combinado. Logo de cara, espantei-me com as ruínas de vários sobradinhos, do pó proveniente das obras e da terra avermelhada escorrendo, lamacenta, pela calçada e meio-fio abaixo. Bate estacas de um lado, marretadas e gritaria do outro, pensei: ok, Helena, nada de novo, são apenas obras, você está acostumada… é seu ofício. Mantive meu bom humor. Ele, por sua vez, permanecia radiante diante do lugar que em breve chamaria de seu.

Três obras novas em cerca de 120 metros: duas em um dos lados da rua e a terceira, imensa, que consumia, aos poucos, quase a metade da outra quadra. Como estas pessoas aguentam este monte de caminhões estacionando e descarregando dia e noite? Todos os ruídos intermitentes e a gritaria das obras? Por pouco não fui tirar satisfações aos berros com os engenheiros responsáveis pelos canteiros imundos e malcuidados que emporcalhavam as ruas e calçadas. Mas então, diante do olhar satisfeito do meu amigo, parei de pronto. Ele não merece que a urbanista apareça assim, do nada, naquele que era um momento feliz em sua vida. Entramos no estande de vendas. Sorridentes, corretores nos ofereceram bombons, café, sucos, biscoitos. Enquanto ele se deliciava com as explanações e guloseimas, eu declinava. Diante da insistência, aceitei um copo de água e deixei sobre a mesa, imaginando que se um gole fosse dado, eu seria capturada, de alguma forma, pelos argumentos daqueles que tinham, como trabalho, apresentar e vender o seu produto. E o faziam muito bem, pensei com todo o azedume que por vezes se apodera da urbanista.

Daí, aconteceu o que eu mais temia: a visita ao apartamento decorado passando antes pela maquete localizada no ponto central de uma sala especialmente criada para a sua visualização. Iluminada, encontrava-se cercada por uma série de telões pendurados nas paredes, com imagens dos ambientes em uso. Imponente, mais alta que todos à volta, ela se apresentava como a solução da vida de todos aqueles que procuram por um lar: janelões de canto a canto, com vistas para todos os lados, varandas, e uma série de serviços que me lembraram clubes recreativos. “Tudo bem”, resmunguei, “para que sair de casa? A cidade anda completamente largada pelo atual prefeito Ricardo Nunes… ainda teremos o alcaide por alguns anos pela frente… melhor não vivenciar o dia a dia das ruas. A realidade é bruta demais”. Chega o momento e ele me pergunta: “O que você acha? Gostou? Não é lindo?”

Mordi o canto inferior dos lábios, coração batendo forte como se quisesse sair da boca. Respirei fundo tentando manter a calma e a compostura, sorri um sorriso falso e perguntei ao corretor: “Cadê o Norte na maquete? Estou louca para você me contar onde fica… gostaria de saber se o sol da manhã entra na sala e nos quartos, me ajuda”? Olhos esbugalhados, o corretor responde de dentro da sala sem janelas que abriga a maquete esplendorosa, eu e meu amigo: “Aqui fica o Leste e aqui o Oeste. Como a senhora pode ver, pega sol o dia inteiro e em todos os ambientes!”. “Bacana”, resmunguei. “Mas…. e este vazio aqui na maquete, é o quê?”. Preocupado, ele responde: “é a segunda fase de lançamentos! Assim que esta torre for comercializada, serão iniciadas as vendas da outra torre.” Queria estar errada, juro que queria, mas não deu outra: “A nova torre é igual a esta, né? Da mesma altura? Então este lado nunca terá sol, afinal, fica a poucos metros da torre que você está mostrando e provavelmente uma fará sombra na outra, certo?”. “Mas tem espaço suficiente para a claridade entrar”, responde o corretor. Estava difícil manter a calma. “Vamos lá, deixa eu mostrar uma coisa para você…” saco da bolsa uma pequena e antiga trena. Mostro aos dois a altura, o movimento do sol, a distância e descrevo a razão, apresentando a impossibilidade da ocorrência de insolação direta nos janelões dos andares nas fachadas de vários andares das duas torres. 

Tentando salvar a situação, “desembestei” a falar, tal qual a boneca Emília de Monteiro Lobato, sobre a importância do conforto ambiental na saúde dos lugares e, por consequência, das pessoas. “A luz do sol estimula a produção de vitamina D, que é responsável pela absorção do cálcio, fortalecimento dos ossos e melhoria do humor. Tem efeito profilático, ao impedir o desenvolvimento de germes patogênicos, tornando o ambiente limpo e saudável, situação importante para quem tem crianças e pessoas com idade mais avançada em casa”. Falei da “sensação térmica do piso térreo que, com sombra na maior parte do dia, lembraria as geleiras do Alasca ao longo do inverno”. Argumentei que “a ausência de elementos vegetais de grande porte no empreendimento manteriam o pó, resultante da localização junto à avenida que apresenta fluxo intenso de motores à combustão (ônibus, veículos particulares e caminhões), suspenso no ar e que, graças a esta situação, em nada o empreendimento colaboraria na absorção do CO², atual vilão causador da crise climática”. Quando percebi o desalento no olhar do amigo e do corretor, calei-me.

Os cerca de dois ou três segundos de silêncio que se seguiram pareceram uma eternidade. Me senti mal, mas, enfim, ou o protejo com a verdade dos fatos que a astronomia já nos mostra diariamente desde que a Terra existe, ou não cumpriria o meu papel de amiga que o quer bem. Com a voz trêmula e sem o sorriso que há pouco preenchia todo o seu rosto, ouço: “Mas tem o outro lado do prédio, Helena, a outra fachada…” Pedi para sairmos do “Hall da Maquete”. Já na rua, percebi a construção de um prédio logo na divisa ao lado, que se autoproclamava como o mais alto da rua. Perguntei ao corretor como seria a vista da paisagem a partir dos janelões das salas e varandas depois de finalizadas as obras do empreendimento vizinho. Sem graça, utilizou o termo até então impensável para mim: emparedada. Perguntei se o “emparedamento” poderia prejudicar o valor do imóvel no caso de uma futura venda. Naturalmente, os andares mais altos, sem vista emparedada, com a presença de luz solar direta, têm valores mais altos para a comercialização do que os apartamentos localizados em andares mais baixos.  

Repentinamente, meu amigo biólogo encerra a visita agradecendo a disponibilidade e gentileza do corretor. Convidou-me para um café. Perguntei se ele ainda nutria algum sentimento de amizade por mim depois do ocorrido. “Mais do que nunca” afirma ele. “Da próxima vez, farei uma pesquisa um pouco mais aprofundada, nem que seja no Google Earth, para conhecer a localização, as transformações que estão ocorrendo próximas ao local para garantir as condições de habitabilidade e prestarei mais atenção na incidência solar e ventilação para garantir o conforto térmico e ambiental do meu futuro apê para não cair numa cilada. Por via das dúvidas, trarei doces para amansar a urbanista que habita em você.”

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

Quanto espaço ocupa um carro estacionado na rua? Parece pouco, mas não é

Favorecer o estacionamento de automóveis enquanto pessoas se aglomeram nas calçadas por falta de espaço não parece ser uma boa prática de gestão para um problema sanitário como o desta pandemia

  • Por Helena Degreas
  • 16/03/2021 09h00 – Atualizado em 16/03/2021 18h06

Helena Degreas/Jovem PanA cidade de São Paulo tem 50.712 vagas na rua para veículos

Você já parou para pensar quanto espaço ocupam os automóveis estacionados nas ruas da sua cidade? Cada vaga rotativa convencional (carros de passeio) ocupa cerca de 11 m² de rua. Parece pouco espaço, mas não é. Na cidade de São Paulo, as primeiras vagas de estacionamento rotativo pago foram implantadas em meados da década de 1970 em áreas comerciais e de serviços em regiões centrais. Naquela época, as cidades ainda eram planejadas utilizando-se os preceitos modernistas centrados no fluxo de veículos. Não havia transporte coletivo suficiente para todos os cidadãos (realidade de hoje ainda, infelizmente), e o Metrô ainda estava no início de sua implantação. Foi apenas em 1972 que um protótipo de composição de trem realizou a primeira viagem entre as estações Jabaquara e Saúde. A operação comercial ocorreu dois anos mais tarde.https://3892796372e2b2e23d20db8b338b407a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Meio século depois, os novos Planos Diretores propõem a revisão do conceito de mobilidade urbana ao incluir os modos não motorizados como bicicleta e a pé, além da ampliação da oferta de transporte coletivo público e sua integração. Os Planos de Mobilidade municipais apontam programas e ações para a sua implementação, que exigirão de prefeitos a reconfiguração dos espaços livres públicos localizados nos sistemas viários, em especial, aqueles destinados ao estacionamento rotativo em vias públicas. As cidades precisam ser pensadas para quem nelas vive. Donald Shoup, professor e pesquisador em planejamento urbano da UCLA, em seu livro “The High Cost of Free Parking” (ou, numa tradução livre, O Alto Custo do Estacionamento Grátis), afirmou que os resultados de suas pesquisas para as cidades americanas apontaram que cerca de 30% do fluxo de veículos em ruas comerciais são apenas de motoristas procurando vagas para estacionar, fato este que aumenta os problemas de poluição, congestionamento, acidentes e tempo perdido no trânsito.

Acredito que os resultados não sejam tão diferentes dos daqui. Só para se ter uma ideia, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) opera 50.712 vagas sendo 45.006 de Zona Azul Convencional, 2.118 destinadas a Zona Azul Caminhão, 1.020 para pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida (DeFis), 2.494 para idosos e 74 para Zona Azul Fretamento. Desconheço o método utilizado para o cálculo de vagas de estacionamento rotativo oferecidas nas regiões servidas por transporte público, mas conheço bem a necessidade de prover calçadas ampliadas para distanciamento social da população em época de pandemia, como estão fazendo prefeitos de cidades que estão preocupados com a saúde da população e a erradicação dos efeitos nefastos do Covid-19 em famílias e no sistema de saúde público.

A dimensão mínima para uma vaga destinada para Zona Azul Convencional é de 11,0 m², ou ainda as 45.006 reunidas ocupam cerca de 495 mil m². Se fossem contabilizados todos os espaços livres públicos utilizados como estacionamentos não pagos de veículos nas cidades brasileiras os números seriam ainda mais assombrosos. É muita área utilizada para benefício de motoristas e dos seus carros. Em 10 m², é possível morar numa área urbana com transporte público coletivo, comércios e serviços próximos. Em 2017, uma incorporadora e construtora inovou e lançou apartamentos de dimensões reduzidas localizados em eixos de estruturação da transformação urbana na cidade de São Paulo, atendendo a regulamentação urbanística vigente e que orientava a produção imobiliária ao longo das vias atendidas por transporte público. A proposta era a de criar uma cidade adensada, compacta, em que moradias, serviçoscomércios e transporte estivessem numa distância de no máximo 15 minutos a pé. Foram construídas inúmeras moradias e, dentre elas, microapartamentos de 10 m², ou seja, menores do que as vagas de estacionamento convencional da CET.

A título de curiosidade, deixo aqui o resultado de uma busca que fiz em um site que vende imóveis em diversas regiões de São Paulo. Um miniapartamento com 10 m² de área no centro da cidade pode ser encontrado atualmente por cerca de R$ 190 mil. Cabe nele um sofá-cama para dormir, que pode transformar-se num local para sentar e assistir TV, por exemplo; uma estação para preparar alimentos composta por micro-ondas, cooktop de duas bocas, frigobar, pia e armários para guardar poucos utensílios; uma bancada estreita de uso múltiplo, que pode servir como mesa de trabalho ou local para refeições; um banheiro bacana e um guarda-roupas, além de vários elementos decorativos. É muita área.

E se você pudesse escolher, o que você colocaria em 495 mil m² na cidade? Se essas vagas fossem minhas e se eu pudesse escolher, certamente ampliaria as estreitas calçadas em áreas comerciais, substituindo o estacionamento convencional rotativo pago durante o período de pandemia. Proteger as pessoas é o que se espera de prefeitos. A ampliação das calçadas pode ser realizada com tinta no chão utilizando-se as técnicas do urbanismo tático. Essa solução já e adotada para as pistas cicláveis. Que se faça o mesmo com as calçadas, ampliando-as. No espaço de estacionamento de um automóvel, duas pessoas poderiam conviver com o afastamento físico adequado para evitar (juntamente com as demais medidas sanitárias) a transmissão do coronavírus. Em outras palavras, onde estacionam 45 mil carros poderiam circular 90 mil pessoas com segurança.

O distanciamento social em áreas públicas é o “novo normal” nas cidades. Exemplos no mundo não faltam. Numa atitude radical, o prefeito Bill de Blasio anunciou no começo da pandemia um plano para ampliar as áreas públicas destinadas a pedestres e ciclistas de Nova York, transferindo veículos motorizados para novas rotas. De uma hora para a outra, a cidade ganhou mais de 160 km de espaços livres para o público. O espaço público precisa prover segurança e acolhimento sempre, mas, em tempos de pandemia, torna-se prioritário. Favorecer o estacionamento de automóveis enquanto pessoas se aglomeram nas calçadas por falta de espaço não me parece uma boa prática de gestão para um problema sanitário como o que estamos enfrentando hoje. As cidades precisam ser redesenhadas pensado na saúde e no bem-estar em quem nelas vive: seus cidadãos.

Acessibilidade Universal na produção do espaço urbano contemporâneo: requalificação, envelhecimento e os planos de mobilidade urbana do Grande ABC

Resumo Executivo
Esta Nota Técnica apresenta critérios de adaptação das cidades contemporâneas ao processo de envelhecimento da população a partir da adoção de princípios de planejamento da mobilidade urbana com ênfase na acessibilidade universal sob a ótica das discussões que envolvem questões da agenda urbana internacional. Descreve as alterações promovidas nos planos diretores a partir da instituição do Estatuto das Cidades e os impactos sobre o grupo identificado como idoso pela OMS – Organização Mundial da Saúde. Levanta questões sobre mudança de paradigma nos processos de produção e gestão pública dos espaços urbanos ao incluir as populações vulneráveis e mostra breve relato do Grande ABC.

Muito feliz por ter um texto escrito em parceria com o arquiteto e Prof. Enio Moro Junior publicado na Revista Cartas que é fruto das discussões realizadas pelo Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Nota Técnica 10

Acessibilidade Universal na produção do espaço urbano contemporâneo: requalificação, envelhecimento e os planos de mobilidade urbana do Grande ABC

Figura 1: O cuidado com a sinalização horizontal e vertical associados à boa manutenção das calçadas é fundamental para a segurança das pessoas. (Foto: autor)

Podcast comentado do post: O design das cidades está se adaptando ao envelhecimento da população?

Neste podcast, falo sobre o processo de envelhecimento da população brasileira e sobre a necessidade urgente de revermos nossa forma de pensar, conceber e realizar planejamento urbano e projetos de ambientes construídos.

Se quiser conhecer o post, o link está logo aqui:

Melhorando com a idade? Como o design das cidades está se adaptando ao envelhecimento da população

 

Melhorando com a idade? Como o design das cidades está se adaptando ao envelhecimento da população

Estamos envelhecendo e o design de nossas cidades precisa mudar também. Se quisermos ruas, calçadas e praças mais agradáveis e aprazíveis, formuladores de políticas públicas e designers/projetistas do ambiente construído deverão adequar seus conceitos e projetos para as mudanças funcionais do corpo e do intelecto. Planejar as cidades para que as pessoas continuem ativas ao longo do tempo melhora a qualidade de vida urbana. Se por um lado com o avançar dos anos as pessoas tendem a não dirigir seus veículos, por outro lado as políticas públicas deverão incluir em suas agendas, ações que garantam um transporte público mais eficiente e resiliente às necessidades das pessoas. Outro exemplo é a questão da velocidade. Já não se trata mais de discutir buracos na calçada ou manutenção medíocre. Nos acostumamos à gestão pública horrenda de prefeituras e governos seja lá qual for a instância. Precisamos lembrar que daqui a pouquíssimos anos a velocidade do caminhar urbano será reduzida a 3 km/hora; o que muda? Passeios públicos, esquinas e calçadas além de não escorregadias e lisinhas, deverão ter mobiliários ao longo de seu trajeto adequados às novas necessidades: não se trata apenas de lixeiras. Trata-se de lugares para sentar, com iluminação na altura do pedestre, sinalização semafórica adequada ao passeio de seres humanos com mobilidade reduzida, sombreamento, sinalização vertical na altura do pedestre incluindo caixas de texto legíveis e com contrastes adequados para todas estas mudanças. No último parágrafo do artigo, a cidade de Manschester aponta para um caminho: a forte liderança política que os cidadãos mantém, ou seja, pessoas comuns organizadas em grupos pressionam seus representantes políticos de tal forma que suas demandas são ouvidas. Estes são apenas alguns dos exemplos.

Apesar de não se adaptar perfeitamente à realidade brasileira (com todas as desigualdades econômicas, sociais, culturais que estamos fartos de saber e cobrar de nossos representantes públicos) gostei do texto e de fato acredito que pode inspirar novas pesquisas e cobranças de ações mais práticas de nossos vereadores e prefeitos. Por isso, deixo aqui neste post para reflexão de vocês. A tradução é livre: significa que pode haver erros de interpretação de minha parte. ok?. O original está neste link:
Fonte:
Improving with age? How city design is adapting to older populations Disponível: http://bit.ly/2sIjKAd Acesso: 04.12.2019

elderly womanUma Mulher idosa no centro da cidade de Stockport. Foto: Christopher Thomond / The Guardian

O texto trata destas questões e mais:

Melhorando com a idade? Como o design da cidade está se adaptando às populações mais velhas.

À medida que as cidades passam por uma mudança demográfica, a necessidade de um design/projeto “amigo do idoso” se torna cada vez mais crítico. De almshouses a carros sem motorista, o futuro da habitação urbana e da mobilidade pode ser moldado “apenas para” e sim, “para os idosos”.

Não há como negar: gostemos ou não, estamos todos ficando mais velhos. Segundo o relatório da ONU sobre a População Mundial,a população global de idosos está crescendo a uma taxa sem precedentes. Em 2050, pela primeira vez na história, haverá um número maior de pessoas com mais de 65 anos do que crianças menores de 15 anos. O número de pessoas com mais de 100 anos aumentará em 1.000%. E como até lá cerca de 70% da população do mundo provavelmente viverá em cidades, isso apresentará enormes desafios levando à necessidade urgente de adaptação física destes aglomerados.

A empresa global de engenharia Arup analisou como as autoridades estão respondendo a essa mudança demográfica. Stefano Recalcati, líder do projeto por trás do relatório da empresa Shaping Aging Cities, explica que as cidades precisam se ajustar para que as pessoas mais velhas mantenham a qualidade de vida: “É importante estar consciente da tendência de envelhecimento. É um enorme desafio para as cidades do mundo – elas precisam mudar, para garantir que as pessoas mais velhas continuem a desempenhar um papel ativo na comunidade e não fiquem isoladas. O isolamento tem um impacto negativo na saúde, portanto é muito importante lidar com isso. ”

“Pequenas inovações podem fazer a diferença”, acrescenta Recalcati. “As pessoas mais velhas têm menos probabilidade de dirigir, favorecendo o transporte público e a caminhada. Uma pessoa média com mais de 65 anos consegue uma velocidade de caminhada de 3 km / hora. Aos 80, isso diminui para 2 km / hora, em comparação com a média para uma pessoa em idade ativa de 4,8 km / hora. Reduzir a distância entre pontos de transporte, lojas, bancos, árvores à sombra, banheiros públicos e melhorar as calçadas e permitir mais tempo para atravessar a rua incentiva todos os idosos a sair. ”

No Reino Unido, o governo acaba de anunciar a construção de 10 novas cidades projetadas para lidar com problemas de envelhecimento e saúde, como a obesidade. Além de incentivar estilos de vida mais ativos, os projetos podem incluir calçadas mais amplas, poucos riscos de viagem e sinalização em movimento no LCD, facilitando a navegação pelas ruas para pessoas com demência e outras condições relacionadas à idade. A organização de caridade Living Streets, com sede em Londres, também tem trabalhado ao lado de comunidades que realizam auditorias nas ruas com moradores mais velhos para ver quais melhorias poderiam ser feitas, além de fazer campanhas em nível estratégico para influenciar mudanças legislativas e de infraestrutura positivas. O projeto Time to Cross fez uma campanha para aumentar o tempo de travessia de pedestres, o que resultou na concordância de uma Transport for London (TfL).

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“Permitir mais tempo para atravessar a rua incentiva as pessoas mais velhas a sair”. Fotografia: Francisco Calvino / Moment Editorial / Getty Images

As cidades que abordaram a acessibilidade provavelmente estarão à frente do jogo em termos de idade. Nos últimos anos, foram feitos esforços para tornar as cidades mais acessíveis aos residentes e visitantes com deficiência e idosos. Berlim tem como objetivo 100% de acessibilidade até 2020. As autoridades da cidade estão trabalhando para ampliar as calçadas, trazer orientações táteis nas travessias das estradas e facilitar o acesso a bondes e ônibus. Este ano, Milão venceu o premiação da Comissão Européia intitulado Acess City Award por seu alto padrão de projeto de construção e acesso ao transporte.

Que lições os planejadores urbanos podem aprender observando as comunidades de aposentadoria existentes? São populares nos EUA e crescem em outras partes do mundo: cidades separadas, geralmente fechadas, para maiores de 55 anos. Deane Simpson, arquiteta que ensina na Academia Real de Artes da Dinamarca, em Copenhague, falou recentemente em um evento organizado pelo Museu de Arquitetura e pelo The Building Centre, em Londres, sobre o projeto de cidades para uma população envelhecida. Em seu livro, Young-Old: Urban Utopias of an Aging Society (Lars Müller Publishers, 2015), Simpson analisa comunidades como as de 55 a 75 anos aposentadas e com boa saúde e dinheiro para gastar. A proposta urbana denominada The Villages in Florida, é uma rede de empreendimentos de “vilas” que abriga 115.000 pessoas com mais de 55 anos interligadas por uma sistema de 150 quilômetros de estradas de carrinhos de golfe sem automóveis individuais – e oferece uma vida de restaurantes, bares, cinemas e esportes.

Simpson critica a maneira como esse tipo de estilo de vida separa as pessoas do resto da sociedade, com a idade se tornando uma nova forma de segregação. No entanto, ele aceita que eles reflitam o desejo de um estilo de vida ativo e cheio de experiência. Simpson admite que existem certos elementos que poderiam ser aplicados a um cenário urbano multigeracional: “A infraestrutura de carrinho de golfe fornece uma rede de transporte para veículos mais lentos que carros. Isso poderia ser replicado como uma maneira de integrar scooters de mobilidade e cadeiras de rodas elétricas e bicicletas. Na Dinamarca e na Holanda, onde a cultura do ciclismo é forte, as ciclovias são cada vez mais usadas pelos motonetes/patinetes. É uma maneira de permitir uma mobilidade segura para aqueles que não conseguem andar e não conseguem dirigir. ”

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Utopia da mobilidade ou refúgio exclusivo? Carrinhos de golfe são o principal transporte nas aldeias da Flórida. Foto: Alamy

O modelo americano de comunidades de aposentados está sendo cada vez mais exportado. Na China, mais de um quarto da população terá mais de 65 anos até 2050. Os idosos são tradicionalmente atendidos pela família extensa – geralmente com três gerações vivendo juntas. Mas as mudanças demográficas estão desafiando severamente essa unidade familiar. A política de um filho combinada com uma expectativa de vida mais longa significa que um casal típico pode cuidar de quatro pais e até oito avós.

Há um aumento nos esquemas de vida assistida, como o Merrill Gardens, projetado nos EUA, em Xangai e Harbin. O Lead 8 é um estúdio de arquitetura e design que trabalha na região; seu cofundador e diretor Simon Blore explica que eles trabalharam em novos desenvolvimentos na China, que são 80-100% voltados para grupos de idosos. “Tentamos manter a escala de uma típica vila chinesa; todas as necessidades são atendidas a uma curta distância a pé (os idosos na China não têm carros e nem podem mais usar bicicletas). Sobreposto a isso, encontra-se um sistema de clínicas de saúde ‘locais’, serviços essenciais, espaços abertos e instalações de lazer, que não são tão diferentes das moradias assistidas, mas em uma escala muito maior. ”

Blore tem reservas sobre se a vida de idosos no estilo americano será amplamente aceita: “Eu acho que a maioria das pessoas quer fazer parte da sociedade regular, parte da comunidade, então isso provavelmente é um desafio internacional – tentar conseguir esse equilíbrio corretamente – um lugar com um alto nível de atendimento e um senso de comunidade e um relacionamento com a sociedade em geral. ”

A Lead 8 está trabalhando em um complexo residencial da Malásia em Kelana Jaya, perto de Kuala Lumpur, que poderia oferecer uma solução. “Em cada andar, há planos de tamanhos diferentes, um com o outro e uma parede que pode ser derrubada. Um proprietário pode comprar dois apartamentos contíguos – um grande e um pequeno. A família vive na casa grande com os avós ao lado, e eles podem ser separados ou interconectados. ”

A integração, em vez da segregação, é defendida pelo arquiteto londrino Stephen Witherford. Sua empresa, Witherford, Watson, Mann Architects, construirá um complexo de 57 apartamentos para maiores de 75 anos em Bermondsey, Londres. O projeto é baseado no modelo tradicional de alojamento de caridade para aposentados, mas atualizado para o século XXI. “Tradicionalmente, as almshouses ficavam atrás de uma cerca”, explica Witherford, “mas queríamos criar uma versão que resolvesse o problema do isolamento. Terá um lounge que se abre diretamente para a rua principal.” Haverá uma escola de culinária, espaço para apresentações, espaços diversos na cobertura e uma oficina. Os moradores podem realizar feiras de artesanato, vender bolos e realizar ou assistir a peças de teatro. “O público pode entrar e se envolver. As comodidades estão próximas e há uma parada de ônibus do lado de fora para viagens à cidade.”

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Pátio interno de um complexo de apartamentos no sul de Londres, projetado para maiores de 75 anos. Composto: Witherford Watson Mann

Repensar os projetos tradicionais também é uma prioridade para Susanne Clase, arquiteta da White Arkitekter, que está projetando apartamentos para idosos em Gotemburgo, na Suécia, e incluindo potenciais residentes e profissionais de assistência domiciliar na tomada de decisões. Ela explica que os apartamentos foram projetados para acomodar visitas regulares de profissionais que ajudam em tarefas pessoais: “em nosso projeto, os espaços públicos e privados são revertidos. O quarto e o banheiro ficam na porta da frente para que o cuidador possa acessá-los. A sala de estar e a cozinha ficam na parte de trás e são o espaço privado do residente. ”Clase acredita que projetar com o envelhecimento em mente é bom para todos. “É importante ajudar as pessoas a viver de forma independente pelo maior tempo possível e projetar isso desde o início, em vez de fazer adaptações mais tarde. Já temos um alto nível de acessibilidade na Suécia. Você não terá permissão para construir, a menos que possa mostrar que, se o residente quebrar uma perna, não haverá problema. Então, já estamos pensando no futuro.”

Embora gestores públicos europeus estejam olhando para o futuro, no Japão o futuro já chegou. O país tem a população mais antiga do mundo: 33% tem mais de 60 anos, 25% acima de 65 anos e 12,5% acima de 75 anos. “O Japão tem muito idade, então o governo está priorizando tornar as cidades mais amistosas e resilientes ​​à idade”, diz Setsuko Saya, chefe de política regional na pesquisa liderada pela OCDE sobre o envelhecimento nas cidades. Toyama, local em que 26% dos moradores têm mais de 65 anos, adotou o princípio de uma cidade compacta – que promove alta densidade, transporte público, caminhadas e ciclismo. O objetivo é evitar a expansão urbana que pode ser tão isolada para pessoas com mobilidade limitada. Apesar de estar em uma grande área de terreno plano, que poderia ser desenvolvida, a política não é expandir para fora. Um bonde circunda a cidade e o investimento é focado ao longo da linha do bonde e no centro da cidade, onde existem espaços públicos para as pessoas se reunirem. As pessoas vivem em áreas residenciais limitadas, próximas aos serviços e com bons transportes públicos – portanto, não precisam dirigir. Saya ressalta que é importante não caracterizar o envelhecimento como um problema e reconhecer que essas estratégias não apenas ajudam as pessoas mais velhas: “O bonde conecta as pessoas e também as transporta. É bom para todos. ”

Embora o desenvolvimento do transporte público seja importante, sempre haverá quem não consiga acessá-lo. Um relatório do Reino Unido do International Longevity Centre constatou que, apesar do transporte ser gratuito para maiores de 65 anos, mais de 30% deles não usam o serviço. Nesses casos, os carros autônomos são apresentados como uma solução que pode “libertar” os idosos, como um serviço de mobilidade para aqueles que não podem mais dirigir e não são atendidos pelo transporte público. O Google está até “direcionando” seus carros autônomos para aposentados. A cidade de Suzu, no norte do Japão, já vem testando o uso de carros autônomos para manter os idosos em movimento.

Mas como essas inovações funcionarão em uma era de austeridade, aposentadorias reduzidas, aposentadoria posterior e aumento dos custos de moradia? O design compatível com a idade pode nos ajudar a repensar nossas cidades, mas como podemos garantir que essas inovações atinjam a maioria das pessoas mais velhas? Olhando para o futuro, com a expectativa de que a geração do milênio seja mais pobre do que os pais de baby boomers, é improvável que os jovens incapazes de subir na escada da habitação hoje tenham equidade na velhice. O professor Christopher Phillipson, da Universidade de Manchester, acredita que é necessária mais vontade política para garantir que cidades favoráveis ​​à idade incluam as afetadas pela austeridade e pelo declínio industrial: “cidades favoráveis ​​à idade custam dinheiro, mas no Reino Unido há menos dinheiro disponível para as autoridades locais que desejam agir . Existem barreiras consideráveis ​​- devido às pressões orçamentárias e ao comprometimento limitado dos formuladores de políticas e desenvolvedores. Na ausência destes, a possibilidade de criar ambientes amigáveis ​​para a idade será restrita. ”

Em Manchester, a primeira cidade do Reino Unido a ser reconhecida como favorável/amiga à idade pela Organização Mundial da Saúde, o Manchester Institute for Collaborative Research on Ageing (Micra) vem capacitando idosos para pesquisar o que faz uma cidade amiga da idade. Eles descobriram que, para a maioria das pessoas, era importante o contato humano, e não os aparelhos de alta tecnologia – como visitas comunitárias de porta em porta para pessoas incapazes de usar o transporte público. “Manchester é favorável à idade porque tem forte liderança política e a cidade apoia grupos de bairro e trabalha com líderes comunitários”, continua o professor Phillipson. “O mais importante é a colaboração entre uma ampla gama de interesses, principalmente os idosos.”

Meu primeiro apê: será que meus sonhos cabem nele?

Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem no formato quadrado. Uma poltrona com estrutura de madeira, com estofado bege escuro, e com uma almofada com estampa bege e dourada. Ao lado, vemos uma mesa de madeira, com um arranjo de flores. Fim da descrição.
Arquiteta alerta para a importância de consultar um profissional antes de comprar um imóvel (Foto: Divulgação)

Por: Helena Degreas* (FONTE PORTAL ACESSE)

Sábado à tarde. Assistindo Game of Thrones. Aceitei a sugestão dada por meus aluninhos pelo Facebook. Imaginei que um pouco de sangue, não me faria mal. A realidade em nossas cidades é bem pior do que a ficção. Aninhada no meu sofá, estou entre meus cães macios e perfumadinhos; com uma das mãos seguro uma xícara de chá e, com a outra, pego o controle da TV quando… Toca o celular. Contrariada, atendo com aquele humor que só quem me conhece bem, é capaz de entender e perdoar.
_ Helena, é você?
“Não”, pensei em responder… “Quem tá falando aqui é a Ricotinha, o pet da Helena… como ela se deu ao direito de assistir um filme depois de uma semana de trabalho infernal, resolvi dar um tempo para ela e atendi em seu lugar…”.  Mas, em nome da civilidade e cordialidade, resignada, atendo educadamente. “Sim, quem é?”… Do outro lado, apresenta-se o Pedro. Diz que precisava do favor de um arquiteto e que foi encaminhado por minha vizinha Maria Clara. Não lembro e não conheço a Maria Clara. Nem os meus 52 vizinhos. Acostumada a trabalhar com voluntariado em arquitetura e, com o firme propósito de não estender ainda mais a doce conversa, rosno: “como posso ajudá-lo?”.
_ Vou comprar meu primeiro apê. Não posso errar. A senhora é arquiteta. Pode me orientar?
Quase caí prá trás… Há anos tento explicar a necessidade de se contratar a consultoria de um arquiteto para acompanhar os futuros compradores de imóveis na difícil tarefa de encontrar o lar que vai abrigar suas vidas por um bom tempo.
_ Que ótimo! É uma situação bastante rara essa!

Surpresa com o pedido, perguntei o motivo de procurar um profissional para acompanhar a visitação que antecede a compra.
_ Sou usuário de cadeira de rodas e preciso saber se de fato consigo me locomover dentro do meu novo apê. Foi difícil conseguir o dinheiro, o crédito, o financiamento… A senhora sabe, né? Dinheiro não nasce em árvore!
Muito sábio o pensamento. Tem razão ele. Combinamos de nos encontrar no mesmo dia. Para minha felicidade, o tal empreendimento era próximo de minha casa.  O som de bate-estaca dos últimos meses vinha de lá. Dava para ir a pé. Com um pouco mais de sorte, voltaria a tempo de me jogar no sofá e assistir a série. Cheguei ao local. Fantástica a capacidade de criar cenografias e transformar a leitura de plantas em evento. De cara, sou recebida por jovens sorridentes que nos oferecem sorvetes, café, brigadeiros, cupcakes, toda sorte de gordices que ninguém recusa. Só eu, na minha eterna dieta. Paciência. Encontrei o Pedro. Beirando seus 30 anos, sorriso de canto a canto estampado no rosto, falava sem parar de seus sonhos e não via a hora de estabelecer-se longe da república que dividia com os amigos. Tinha um excelente cargo na empresa onde trabalhava e podia vislumbrar a materialização de seu sonho.
Rapidamente, fomos atendidos por um corretor que se dispôs a falar sobre as maravilhas do empreendimento. Mostrou a maquete, falou do conjunto de espaços que levariam os futuros moradores a incríveis ‘experiências urbanas’… Deck,  solário com bangalôs, piscina com raia, arquibancada com vista para o urban skylinespa centerjapanese gardenfitness centerpet corner, sauna seca e úmida com vestiários, concierge, horta comunitária, jardim dos temperos, manobrista, hub bar, sala para reuniões, eventos,coworking e por aí vai. Já cansada da conversa toda e com muita vontade de acabar com a brincadeira, pergunto: “o senhor pode, por gentileza, me fornecer as plantas das unidades adaptadas disponíveis com as medidas, por favor?

Silêncio

Fechou o tempo. Azedou o clima. O corretor me olhava como se estivesse na presença do anticristo. Chamou o chefe. O chefe chamou o coordenador de área. O coordenador de área chamou o coordenador do evento. O coordenador do evento disse que ele era responsável pelos eventos e não pelas plantas. Ligam para a incorporadora. De lá alguém pede para falar com o arquiteto responsável. O arquiteto, na verdade, era uma empresa imensa composta por inúmeros profissionais de marketing, arquitetura, engenharia, direito, administração entre outros. Como era sábado, eles não tinham a tal planta.
Dirijo meu olhar para o Pedro e pergunto, depois de 50 minutos de espera e, agora sim, com a expressão de anticristo estampada na face, se ele poderia me contar qual era o sonho dele para o seu futuro lar. Ele conta. Fica fora de casa praticamente o dia todo e só volta para dormir. Aos finais de semana ‘cai na vida’ ou viaja com os amigos. Vez e outra, almoça na casa dos pais. “Vai cozinhar?” pergunto. De pronto vem a resposta: “nem morto e se tiver que lavar louça, prefiro jogar fora. Dá pra colocar uma mini lava-louças?” … Ok, pensei, precisa de espaço e instalações de elétrica e água para isso. Não estava na tal planta disponível para todos. “Vai lavar sua própria roupa?” Responde: “ternos, camisas e calças sociais pretendo usar o laundry delivery oferecido pelo concierge do empreendimento. O resto, lavo e seco em casa.” Feliz, corretor, coordenadores, gerentes e nem tão sorridentes jovens, ficam felizes com a resposta do futuro comprador.

“Já entendi”, respondo. Tranquilamente e, já sabendo que meus próximos atos seriam motivo de vergonha para meus filhos, alunos e até amigos, saco de dentro da bolsa um escalímetro e uma trena.

_ Pedro, qual unidade você quer comprar?
_ A que me der menos trabalho para eu limpar e aquela que couber o que eu preciso para viver. Acho que a de 32m². Cabe no bolso.

“Ok”, digo eu. “Primeiro você precisa ter condições de se locomover dentro dela com sua cadeira, certo? Depois, gostaria de saber se você se incomoda de andar de ré ou de costas para entrar nos espaços…”.

_ De ré? Como assim? Cabe direitinho. Tá aqui. Não tá vendo?

Pego o folder de divulgação e começo a fazer o que meu trabalho exige. Digo: “Pedro, os móveis do folder estão fora de escala”

_ Estão o quê? Pergunta ele.

_ Não estão do tamanho certo. A medida do apartamento sim, mas os móveis não estão.

_ Estão tentando me enganar?

_ Não sei. Pergunte para eles.

Com a trena em mãos, mostro para ele a realidade daquilo que o folder tentava vender.

_ Está vendo, Pedro? Você terá 32 cm entre a parede e a cama no seu quarto. A não ser que você entre pelo pé da cama e vá escorregando até a cabeceira, a cadeira não passa…

_ Mas na imagem, parece que dá.

_ Parece, Pedro, mas não dá. Está vendo o que vem escrito aqui? Que todos os móveis, equipamentos, louças, metais e revestimentos de pisos e paredes são meramente ilustrativos e estão sujeitos à alteração. O mesmo pode ocorrer durante a obra por causa das compatibilizações técnicas. O que você está vendo e os demais futuros compradores estão aqui vendo também (já com cerca de dez pessoas me olhando atônitas enquanto eu desenhava ‘no ar’ e mostrava com a trena os espaços) é quase uma obra de ficção. É uma ilustração. Só isso. Bonita, né? Bem feitinha…

Continuei… “No banheiro, é esse o tamanho. A cadeira entra de ré. Se precisar ir até o box, não consegue. O giro completo, nem pensar… acho que não vai dar para tomar banho… Para adaptar o banheiro, colocar uma máquina lavadora e secador de roupas, além do espaço para esquentar uma comidinha rápida, você irá sacrificar a sua sala de jantar ou a de estar, talvez… não é difícil. Dá para fazer. Você terá que projetar e mandar fazer os móveis numa marcenaria para esse seu apê. Não vai dar para comprar móveis prontos. Eles não irão caber… nem para você e nem para quem está nos olhando enquanto conversamos”.

Minha pretensão de assistir Game of Thrones estava cada vez mais difícil, graças ao tempo que eu estava disponibilizando com ele e agora mais do que isso: tirando dúvidas e dando a consultoria de graça para os demais futuros compradores que estavam por lá…

Terminada a visita ao stand de vendas, dirimidas as dúvidas, vejo o Pedro titubeante, tentando me perguntar algo.

_ Diga rapaz, qual é a dúvida?

_ Obrigada por me ajudar. Mas é que eu vou precisar fazer novas visitas. Se eu tivesse feito à visita sozinho, eu teria investido minhas economias num apê que eu não conseguiria morar. Quanto custa sua consultoria? É caro, né? Você divide o valor? Em quantas vezes?

#Morri

Pergunto: “Você parcela a consulta do seu psicólogo ou do seu oftalmologista?”

“Não”, responde ele.

No final, expliquei ao Pedro e aos demais que permaneciam me ouvindo, a importância de consultar-se com um profissional da área não apenas na escolha do imóvel, mas principalmente quando da entrega das chaves. É fundamental ler o memorial descritivo do imóvel e conferir se o que está sendo entregue é exatamente aquilo que foi comprado. Em alguns casos, não é. Quanto ao valor, reitero: se a consulta de um médico não é cara, a de um arquiteto, também não é. Os valores equiparam-se. Os resultados interferem diretamente na qualidade de vida daqueles que irão construir seus lares e realizarem seus sonhos neles. Eles precisam, no mínimo, caber. Um projeto é cobrado de forma diferente. Depende do tipo de serviço contratado.  Ainda assim, vale a pena perguntar a um profissional.

Para o Pedro e para os demais ouvintes que presenciaram a situação inédita, encaminhei os nomes de ex-alunos e colegas.

Voltei para casa. Ricotinha e Chanel me aguardavam no sofá. Peguei a melhor louça da casa. Preparei um novo chá. Enfim, assisti ao primeiro episódio.

O Pedro? Comprou o apartamento com área maior. Tinha até uma varandinha. Os espaços foram projetados por um colega meu para ele. Seus sonhos caberão em seu novo apê.

Descrição da imagem #PraCegoVer: A imagem está no formato retangular, na vertical. Nela, está a arquiteta Helena Degreas em um retrato preto e branco. Helena tem cabelos loiros, ondulados, um pouco abaixo dos ombros. Ela está com o corpo de lado e com os braços cruzados. Helena usa uma blusa branca, com botões.Fim da descrição.*Helena Degreas é arquiteta e atua como professora do Programa de Mestrado Profissional em Projeto, Produção e Gestão do Espaço Urbano do FIAM-FAAM Centro Universitário. Leciona nas áreas de Design Universal e Planejamento Urbano.

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