O bom e velho Graffiti: essa é para o Kassab

Não resisti.
Enquanto passeava com a Nina ( a da foto no post logo abaixo), minha cadelinha hoje pela manhã, vi esse grafite estampado num bom e velho suporte urbano (nada das frescuras existentes no ar climatizado de um museu): uma parede de um equipamento da telefônica (não tenho certeza) logo na esquina da Rebouças com a Capote Valente. O tema é bastante contemporâneo e é assim que me sinto ao pagar impostos em São Paulo. Pago caro para viver aqui e ser tão maltratada: educação ruim, saúde idem, sujeira pelas ruas (levei outro dia meus alunos para uma visita técnica no centro de São Paulo e quase vomitei (desculpem a palavra mas não encontrei outra mais adequada ou elegante para expressar o que senti) com o cheiro de urina e com as fezes humanas espalhadas nos passeios públicos. Bom, acho que não preciso ir além. Sonho com o dia em que teremos homens públicos com visão/gestão da “Res Publica” profissionais. Leia-se vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente!
abçs de uma cidadã envergonhada e infeliz

O bom e velho graffiti: autor desconhecido (para mim). Localizado quase na esquina da Capote Valente com a Rebouças

Novo membro na família

Foto da minha nova cadelinha… fará companhia para minha mãe… o nome : Mel de Melissa (boxer tigrada cor de mel). Cinquenta dias de pura brincadeira. A cadelinha que mora conosco é a Nina de menina. Cocker branquinha, danada toda vida… rsrsrs

a Mel não é lindinha?????
Nina

Street Art: arte ou transgressão? Expo FAAP – osgemeos

De contravenção à street art , o graffiti é o nome dado às intervenções artísticas urbanas feitas sobre paredes, em especial, espaços públicos. Sobre elas, os artistas interferem na cidade por meio de suas linguagens. Pichação, tags, stickers, etc, são algumas de suas manifestações visuais.

Meus queridos alunos,
Estou de luto. Fui à expo FAAP OSGEMEOS procurando grafite (resolvi adotar a grafia que estava lá). Não sei bem o que encontrei. Expo muito bem organizada. impecável (como sempre). Talvez eu não passe de uma saudosista, sei lá. Tenho um amigo: o Arthur Hunold Lara. É dos velhos. Começou o grafite brasileiro lá pelos idos de 80, época em que vivíamos em plena ditadura militar. Não havia o diálogo. Militares no poder, boca fechada, bordoada e gente sumindo. Perdi amigos à época. Meu primo, mais velho do que eu (Ioanis) estudava na POLI. Ele me disse que eu peguei o fim dessa história horrenda. E o significado destes desenhos todos? De certa maneira, eles representavam uma forma de expressão. O grito daqueles que não aceitavam a situação. Eram transgressores para muitos. Sua voz era política, pública e expressava-se na forma de tintas que tinham como suporte a cidade: seus muros, suas paredes. Estavam lá para expor aquela época de horror.
Com todo o respeito que tenho pelos OSGEMEOS e suas obras (gosto de algumas delas), não entendo como aquele universo urbano que nasceu tendo a cidade como suporte foi parar em paredes e portas fake. Parece uma cenografia forçada que tenta trazer para dentro de uma sala, a violência da cidade desigual e agressiva de forma branda, amena até, utilizando a linguagem tão conhecida dos artistas de forma a se adequar ao espaço de exposição. Ficou bonito em alguns momentos. Em outros, considerei cafona para meu gosto. Carros alegóricos. Lantejoulas. Bichos com pernas de gente. Mais espelhinhos. Observei as crianças alegres, entrando e saindo de suas instalações obras, brincando felizes com o ambiente montado. Tudo muito colorido, predominando o amarelo tão necessário à visualização das informações urbanas, repleto os xadrezes, florais com mais espelhinhos e dá-lhe lantejoulas brilhantes quando expostas à luz. Sei não… Parece que virou arte. Se assim for, como tal deverá ser tratada doravante. Nada contra. Há espaço para tal. Morreu a transgressão. Luto.
teacher – com a palavra, os colegas de aula
mais em: http://trilhasurbanas.ning.com/forum/topics/street-art-arte-ou

Mapa Tátil Urbano no Complexo Universitário FMU

Procurar por uma rua, buscar um endereço, encontrar um hospital, chegar até a escola são situações bastante comuns para todos aqueles que vivem em ambientes urbanos.  Em princípio, uma forma de buscar essas informações é por meio do uso de mapas. Um mapa nada mais é do que a representação plana e reduzida de uma determinada superfície do território na maior parte das vezes impressa em papel e tinta. Eles existem em estações de metrô, algumas repartições públicas, escolas e bibliotecas, são vendidos em bancas de jornal em cidades grandes. E para quem não enxerga, onde esses mapas estão disponíveis? Para quem é cego ou deficiente visual, a realidade é outra. A busca pela informação é feita várias formas. É possível aprender sozinho a orientar-se e deslocar-se em cidades ou ainda por um conjunto de técnicas aprendidas, quando possível, em aulas de orientação e mobilidade urbana utilizando-se como apoio, de bengalas, cães guias e acompanhantes por exemplo. A leitura de sinalização urbana é impossível para cegos e bastante difícil para alguns tipos de deficiência visual.

Para o caso de ambientes internos a prédios públicos, por exemplo, a NBR9050 2004 recomenda a colocação de placas de sinalização tátil e de plantas que mostrem a localização de departamentos, setores, serviços do edifício que está sendo utilizado. Quando fora do edifício, nas ruas, informações referentes à cidade são inexistentes para 48% da população considerada deficiente visual. A análise realizada por meio da leitura da legislação nacional e internacional, associada aos estudos provenientes da parceria com as principais instituições que atendem Cegos e Deficientes Visuais (Fundação Dorina Nowill para Cegos e Instituto de Cegos Padre Chico) no Brasil, apontou para a inexistência de instrumentos pedagógicos adequados ao ensino de orientação urbana num primeiro momento e posteriormente, para a ausência de informações ou conteúdos referentes à confecção ou obrigatoriedade de colocação de mapas urbanos táteis em equipamentos públicos em instrumentos legais e jurídicos disponíveis para o atendimento de pessoas com deficiências.

Um mapa tátil urbano tem por objetivo oferecer aos Deficientes Visuais uma representação reduzida de um determinado recorte da superfície terrestre. Diferentemente dos mapas planos direcionados para a população vidente (impressos em papel em tinta, por exemplo), os mapas táteis são objetos tridimensionais que possibilitam o acesso às informações da cidade quanto à localização e distribuição no território de equipamentos públicos e de referenciais urbanos, quanto ao conhecimento espacial da área a ser percorrida à pé e quanto à escolha dos caminhos mais adequados para se chegar a um determinado local, por exemplo, ampliando seu nível de mobilidade e orientação urbana em igualdade de condições e informações em relação às demais pessoas.

Um dos protótipos de mapas táteis urbanos encontra-se na Estação Santa Cecília do Metrô. Vale à pena conhecer.

Mapa Tátil Urbano
Mapa Táil Urbano no Complexo Universitário FMU (Campus Liberdade)

Levantamento das Condições de Acessibilidade aos Locais de Acesso Público na Região da Avenida Paulista

Avenida Paulista: dá para acreditar?

Fiquei feliz por ter orientado o trabalho de iniciação científica do Eddie Consorte.

Por meio de um levantamento detalhadíssimo das condições de acessibilidade dos passeios da Avenida Paulista, Eddie mostra que apesar do piso regular recém concluído e do atendimento da legislação, a região que abriga a capital financeira da América Latina ainda tem muito o que mudar.

Os levantamentos mostram que os equipamentos e mobiliários públicos urbanos (floreiras, hidrantes, bancas de jornal, tampos de galerias entre outros) são colocados de forma aparentemente aleatória ao longo das calçadas dificultando, quando não impedindo, a livre circulação de qualquer pedestre… oops! Cidadão tenha ele ou não, algum tipo de necessidade especial.

O trabalho tem mérito, pois avança na questão da acessibilidade. Ao focar na questão do direito à qualidade do espaço construído, o aluno mostra que a necessidade de um roteiro de circulação advindo do planejamento e de projeto dos passeios públicos é fundamental para a inclusão ao oferecer condições acessibilidade a todo e qualquer cidadão.

Parabéns Eddie foi super bacana orientar você!

O trabalho com as pranchas que compõem o levantamento feito pelo Eddie estão disponibilizadas no arquivo anexado em PDF.
Acessibilidade em trechos da Av. Paulista – Desenho das calçadas

Pelos Passeios de São Paulo

Pelos passeios de São Paulo: iniciação científica FIAMFAAM
Pelos passeios de São Paulo: região da Luz, São Paulo, capital

 Estação da Luz: acessibilidade das calçadas

Achei oportuno publicar o trabalho de iniciação científica das alunas Jakeline Silva e Roseli Castro do Centro Universitário FIAMFAAM.
Pelos passeios de São Paulo (título bastante sugestivo) descreve a realidade de milhões de pessoas que precisam andar pelos logradouros públicos das cidades brasileiras, avaliando as condições de mobilidade e acesso de um dos principais pólos culturais de São Paulo: a região da Luz. Localizada em área central, o local vem passando por processo de revitalização com o intuito de acolher uma população interessada em contemplar pontos de interesse arquitetônico, histórico e cultural da cidade. O trabalho conclui que a simples identificação de situações que inviabilizam ou dificultam a circulação de pessoas com necessidades especiais (barreiras arquitetônicas) não é suficiente para viabilizar um passeio agradável pelo local com propósito cultural. Daí surgiu a idéias de se avaliar não apenas as condições de acessibilidade, como também a viabilidade de se realizar um “Roteiro Cultural” de um dia nas mesmas condições, tempo e qualidade de circulação dos demais cidadãos.
Os resultados do trabalho foram positivos e esclarecedores, pois avançam na questão da inclusão: a lei já impõe normas que viabilizam a acessibilidade. Está na hora de discutirmos a qualidade dos espaços criados.
Parabéns meninas! Foi bom orientá-las!

Desenho Universal: os cursos de arquitetura estão preparando os futuros profissionais para projetar espaços adequados à acessibilidade universal?

Queridíssimos,
gostaria de dar início a mais um Fórum de Discussões. O tema é difícil, polêmico mas absolutamente necessário. Até que ponto pensamos nas necessidades especiais presentes na vida de mais de 24 milhões de brasileiros?
Quando projetamos, estamos preparados para elaborar projetos para pessoas com mobilidade reduzida, deficientes visuais, deficientes auditivos ou com déficit intelectual?
Semana passada precisei utilizar uma cadeira de rodas. Apesar de lecionar uma disciplina na área (Acessibilidade Universal) e conhecer as agruras impostas aos cadeirantes, nunca me senti tão só e tão frustrada. Rampas que começam com degrau de um centímetro, corredores estreitos, portas onde cadeiras não passam além da “cara feia” de um sem número de pessoas horrorosas que se esquecem que um dia envelhecerão também. Lembrem-se: a participação pode valer pontos como Atividade Complementar.

Lançada a questão:
os cursos de arquitetura estão preparando os futuros profissionais para projetar espaços adequados à  acessibilidade universal?

Helena Degreas

vídeos bacanas:
ser diferente é normal 1
ser diferente é normal 2
link importante para pesquisa:
www.desenhouniversal.com

Mapa Tátil Urbano
Mapa Tátil Urbano realizado pelo CAUFIAMFAAM para Fundação Dorina Nowill 2009

Forum de Debates: Graffiti: arte ou transgressão?

De contravenção à street art , o graffiti é o nome dado às intervenções artísticas urbanas feitas sobre paredes, em especial, espaços públicos. Sobre elas, os artistas interferem na cidade por meio de suas linguagens. Pichação, tags, stickers, etc, são algumas de suas manifestações visuais.

Graffiti: arte ou transgressão ? é o primeiro fórum de debates entre alunos (professores também, colegas de outras escolas) da disciplina de Introdução ao urbanismo do CAUFIAMFAAM. Assunto “para lá de polêmico” quase virou briga em sala de aula outro dia… rsrsrs

Este espaço acadêmico-virtual deverá receber todas as informações necessárias para esclarecer as minhas dúvidas (que são várias) e a de vocês também.
Portanto solicito que todos os comentários sejam fundamentados e ilustrados (vídeos – podem ser feitos por vocês por meio de celular mesmo, áudio (hip hop) , fotos, links com artigos de jornais, revistas, TV, etc.) para enriquecer a discussão. Helena Degreas será a mediadora. O fórum se encerra em 15.11.09.

Divirtam-se!

http://www.graffiti.org/
http://trilhasurbanas.ning.com/video/reverse-graffiti-ossario
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091109/not_imp463243,0.php

osgemeos
This mural painting by 'Os Gemeos' can be seen in Athens at Pireos street.

8ª Bienal Internacional de Arquitetura – 8ª BIA

8ª Bienal Internacional de Arquitetura é uma mostra mundial da produção artística de grandes arquitetos nacionais e internacionais.

3923339814_b8edb2c3b9
8ª BIA - 8ª Bienal internacional de Arquitetura

Com o tema “Ecos Urbanos”, a Bienal de 2009 aborda os conceitos: espacialidade, conectividade, originalidade e sustentabilidade. Rosana Ferrari, presidente executiva da 8ª BIA explica que a Bienal pretende falar sobre a responsabilidade do arquiteto na concepção dos espaços coletivos. Ela ainda afirma que mesmo a construção com finalidade social tem de ter originalidade, conectar a malha urbana e ser pensado em sua totalidade. Alunos de arquitetura: 3ª é de graça!  Vamos combinar o dia de nosso encontro por lá? A visita orientada pode valer pontos como Atividade Complementar. Estou no aguardo.