Prometi a mim que não colocaria mais esse tipo de coisa no meu blog.
Mas juro por Deus que não dá para cumprir.
Acabo de voltar do veterinário à pé pela Oscar Freire e com a chuva se avizinhando, pensei no que fazer para fugir da enxurrada que desce Paulista abaixo com qualquer sinal de chuva.
Foi então que chegou o twitt do meu primão Alê.
Modelitos para dias de chuva em São Paulo
Alê, obrigada querido “brimo”… sempre pensando em mim…
Esse post apresenta quatro trabalhos de pesquisa em iniciação científica elaborados pelo então aluno do curso de aqruitetura e urbanismo Rodrigo Costa. O primeiro deles trata da deficiência Visual e foi orientado pelo Prof. Dr. Manoel Lemes. Apesar de aparentemente antigo, o material sempre me foi muito caro, pois mostrava a forma como a distribuição das deficiência se dá por áreas bem menores do que aquelas que estamos acostumados a ver (distritos por exemplo). O Prof. Manoel sempre repetia aos seus alunos à exaustão: o território FALA! O problema é que eu escutava também… brincadeiras à parte, o território fala sim. Conhecê-lo então é obrigação de urbanista.
Como desenvolver planejamento se os gestores tratam o território por igual? Desde quando, levantamentos por distritos não escondem realidades díspares próximas umas das outras?
O trabalho do Rodrigo, orientado eplo Prof. Manoel, mostra por exemplo que a distribuição dos DVs em São Paulo concentra-se nas regiões periféricas. Ela é portanto desigual. Se cruzarmos dados referentes à idade, distribuição de equipamentos públicos em saúde, dados sobre violência, poderemos chegar a conclusões alarmantes (muitas das deficiências são adquiridas e poderiam ser evitadas) mas que podem servir como diretrizes para políticas públicas mais próximas da realidade em que vive o cidadão.
Intitulado Progeto BDGESP – Banco de dados Georreferenciados de São Paulo, a pesquisa apresenta a distribuição da população Deficiente Visual no município de São Paulo a partir dos dados do IBGE 2000 por área de ponderação.
Os outros três trabalhos – deficiência auditiva, deficiência mental e deficiência motora foram excepcionalmente orientados por mim utilizando o mesmo critério de desagregação de dados.
O IBGE Define Área de Ponderação como sendo a menor unidade geográfica para divulgação dos resultados da amostra do Censo Demográfico 2000, formada por um agrupamento de setores censitários.
QUAPA SEL cidades brasileiras: acervo particularQUAPA-SEL cidades acervo particularQUAPA-SEL cidades acervo particular
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Introduzir elementos teóricos e conceituais do projeto urbano.
Desenvolver técnicas de observação, desenho e representação gráfica do espaço físico urbano.
Iniciar práticas de percepção mais atenta às configurações da cidade por meio das diversas formas de representação: do desenho ao modelo tridimensional, da observação direta à da cartografia e do uso de todos estes elementos para o processo projetual.
Estudar as relações visuais entre elementos que compõem o espaço urbano por meio de expressões gráficas e plásticas.
Desenvolver as primeiras propostas projetuais, com ênfase na percepção e compreensão geral do espaço.
Relação dos trabalhos apresentados durante os seminários de entrega em 23 e 24.11.2009
Achei oportuno publicar o trabalho de iniciação científica das alunas Jakeline Silva e Roseli Castro do Centro Universitário FIAMFAAM.
Pelos passeios de São Paulo (título bastante sugestivo) descreve a realidade de milhões de pessoas que precisam andar pelos logradouros públicos das cidades brasileiras, avaliando as condições de mobilidade e acesso de um dos principais pólos culturais de São Paulo: a região da Luz. Localizada em área central, o local vem passando por processo de revitalização com o intuito de acolher uma população interessada em contemplar pontos de interesse arquitetônico, histórico e cultural da cidade. O trabalho conclui que a simples identificação de situações que inviabilizam ou dificultam a circulação de pessoas com necessidades especiais (barreiras arquitetônicas) não é suficiente para viabilizar um passeio agradável pelo local com propósito cultural. Daí surgiu a idéias de se avaliar não apenas as condições de acessibilidade, como também a viabilidade de se realizar um “Roteiro Cultural” de um dia nas mesmas condições, tempo e qualidade de circulação dos demais cidadãos.
Os resultados do trabalho foram positivos e esclarecedores, pois avançam na questão da inclusão: a lei já impõe normas que viabilizam a acessibilidade. Está na hora de discutirmos a qualidade dos espaços criados.
Parabéns meninas! Foi bom orientá-las!