No post anterior, vimos que a praça faz parte de um sistema de espaços livres urbanos ou seja, juntamente com cerca de uma centena de outras tipologias (que posteriormente serão descritas) dá, juntamente com os edifícios, forma à cidade e acolhe a vida pública em suas diversas manifestações.
A ilustração acima apresenta diferentes tipos de composição de espaços livres a partir de sua relação com os elementos edificados. Dentro de lotes, seu uso passa a ser definido por sua forma e pela função do local; se residencial, os corredores laterais tendem a ser utilizado como circulação, cabendo às áreas frontais o uso para estacionamento ou jardins e para as áreas de fundo, usos adequados aos quintais domésticos. Ainda na mesma ilustração, o edifício em lâmina, tipico representante do movimento modernista, graças a sua implantação, viabiliza a existência de áreas ajardinadas com lugares de estar para o público.
Os conceitos advindos do movimento modernista influenciou e muito o desenho das cidades brasileiras no século XX especialmente após a década de 30.
Brasília é um dos exemplos marcantes. A nova capital apresentava um plano diretor concebido pelo urbanista Lúcio Costa. Nele, os preceitos da cidade funcional e da carta de Atenas, materializavam-se criando espaços magníficos e inovadores para a época : eixos monumentais, grandes avenidas, super quadras, edifícios em lâminas, vida organizada a partir da separação das áreas residenciais, das de lazer e de trabalho, propondo uma cidade-jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas em resposta ás cidades tradicionais e altamente adensadas.
O resultado pode ser visto na próxima foto aérea:
Por volta da década de 50 (século XX) surgem os novos códigos urbanísticos e seus zoneamentos funcionais. Trata-se de um instrumento urbanístico que estabelece um conjunto de normas e leis e que tem por objetivo regular o uso e a ocupação do solo urbano. É por meio dele que a cidade toma forma ao estabelecer, por exemlo, o conjutno de recuos, taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento de cada área da cidade. O zonemaneto tranforma-se em referência morfológica para zonas as novas áreas urbanizadas do país.
De forma bastante genérica, mostramos que a legislação urbana, ao organizar o uso e a ocupação do solo, gera padrões morfológicos que dão forma às cidades e viabilizam a vida pública nos diversos espaços livres dela resultantes. Com isso, as praças podem ser consideradas com partes integrantes de um sistema de espaços livres públicos ou em alguns casos privados, como praças em áreas corporativas, ou centros comerciais (shoppings centres) .
Em tempo: esse post foi construído a 6 mãos: minhas, do Roberto Sakamoto e da Ana Cecília de Arruda Campos.
Fonte de referência: acervo QUAPA, QUAPASEL
Revistas Paisagem & Ambiente: ensaios (coleção QUAPASEL)
Para você aluno: vale à pena pesquisar nesses dois links pois eles contém mais de duas centenas de projetos de paisagismo distribuídos em todo o país.
http://winweb.redealuno.usp.br/quapa/
http://winweb.redealuno.usp.br/quapa/busca.asp