Cientistas alertam para a urgência em declarar emergência climática

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Imagem:  Climate activists in a Fridays for Future rally in Leeds on Friday. Photograph: Danny Lawson/PA Fonte: The Guardian

Nota: a tradução do artigo foi realizada de forma “livre” (não sou tradutora) tem finalidade didática. Sugestões para correção de equívocos na interpretação são bem-vindas.

Texto original na íntegra: clique aqui

William J. Ripple1* , Christopher Wolf1* , Thomas M. Newsome2 , Phoebe Barnard3,4 , William R. Moomaw5 , xxxxx scientist signatories from xxx countries (list in supplemental file S1) 1 Department of Forest Ecosystems and Society, Oregon State University, Corvallis, OR 97331, USA 2 School of Life and Environmental Sciences, The University of Sydney, Sydney, NSW 2006, Australia 3Conservation Biology Institute, 136 SW Washington Avenue, Suite 202, Corvallis, OR 97333, USA 4 African Climate and Development Initiative, University of Cape Town, Cape Town, 7700, South Africa. 5 The Fletcher School and Global Development and Environment Institute, Tufts University, Medford, MA, USA

*Esses autores contribuíram igualmente para o trabalho.

Os cientistas têm a obrigação moral de alertar claramente a humanidade sobre qualquer ameaça catastrófica e dizer como está. ‘Com base nessa obrigação e nos dados apresentados abaixo, proclamamos aqui, com mais de 10.000 cientistas signatários de todo o mundo, uma declaração clara e inequívoca de que existe uma emergência climática no planeta Terra.

Exatamente há 40 anos, cientistas de 50 nações se reuniram na Primeira Conferência Mundial do Clima (Genebra, 1979) e concordaram que havia tendências alarmantes para as mudanças climáticas tornando a necessidade de agir frente a essa questão urgente.

Desde então, foram feitos durante a Cúpula do Rio de 1992, no Protocolo de Kyoto de 1997, no Acordo de Paris de 2015, bem como dezenas de outras assembleias globais e vários cientistas – com avisos explícitos sobre o progresso insuficiente (Ripple et al. 2017) no trato sobre a questão climática. No entanto, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ainda estão aumentando, com efeitos cada vez mais prejudiciais sobre o clima da Terra. Uma imensa mudança de escala de esforços que precisam ser realizados para conservar nossa biosfera faz-se necessário para evitar sofrimentos incalculáveis devido à crise climática (IPCC 2018).

A maioria das discussões públicas sobre mudanças climáticas baseia-se apenas na temperatura global da superfície, medida inadequada para captar a amplitude das atividades humanas e os perigos reais decorrentes do aquecimento global (Briggs et al. 2015). Os responsáveis pela formulação de políticas públicas e a população precisam urgentemente ter acesso a um conjunto de indicadores que comuniquem os efeitos das atividades humanas nas emissões de GEE (gases de efeito estufa) e os consequentes impactos no clima, no ambiente e na sociedade. Com base em trabalhos anteriores (consulte o arquivo suplementar S2), apresentamos um conjunto de sinais vitais gráficos[i] de mudanças climáticas ocorridas nos últimos 40 anos pelas atividades humanas que podem afetar as Emissões de GEE / mudança climática (Figura 1) e impactos climáticos reais (Figura 2). Usamos apenas conjuntos de dados relevantes, claros, compreensíveis e sistematicamente coletados e atualizados anualmente dos últimos cinco anos.

A crise climática está intimamente ligada ao consumo excessivo associado a um estilo de vida rico. A maioria dos países ricos são os principais responsáveis pelas emissões históricas de GEE e geralmente têm as maiores emissões per capita (Tabela S1). Aqui, mostramos padrões gerais, principalmente em escala global, assim como também são muitos os esforços climáticos que envolvem regiões e países individualmente. Nossos sinais vitais são projetados para serem úteis ao público, aos formuladores de políticas, à comunidade empresarial e àqueles que trabalham na implementação do acordo climático de Paris, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e aos objetivos Convenção da Diversidade Biológica de Aichi.

Tabela 1: Quadro S1 Resumos regionais para os 24 países e a União Europeia. As variáveis mostradas tratam da emissão de “CO²” (emissões totais de CO² associadas ao consumo de combustíveis fósseis em mega toneladas de CO²), da “População” tamanho da população em milhões), do “CO² / capita” (emissões de CO² per capita em toneladas por pessoa), “compartilhar” (porcentagem de todas as emissões de CO² associadas ao consumo de combustíveis fósseis em comparação com o total global) e “PIB / capita” (produto interno bruto per capita em dólares dos EUA por pessoa). Todos os dados são do ano 2018, exceto o PIB do Irã, que é de 2017 (a estimativa de 2018 ainda não estava disponível). Detalhes adicionais nas variáveis são fornecidas nas informações suplementares abaixo.

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Os sinais profundamente preocupantes das atividades humanas incluem aumentos sistemáticos da população humana quanto na de animais ruminantes como também aumentos significativos na produção de carne per capita, no produto interno bruto mundial, na perda global de cobertura de áreas florestadas, no consumo de combustíveis fósseis, mo número de passageiros transportados, nas emissões de dióxido de carbono (CO²) e nas emissões de CO² per capita desde 2000 (Figura 1, ficha suplementar S2).

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Figura 1. Mudança nas atividades humanas globais de 1979 até o presente. Esses indicadores estão vinculados ao menos, em parte, às mudanças climáticas. No painel (f), a perda anual de cobertura de árvores pode ser por qualquer motivo (por exemplo, incêndio florestal, colheita nas plantações de árvores ou conversão de florestas em terras agrícolas). O ganho da floresta não está envolvido no cálculo da perda de cobertura arbórea. No painel (h), “GT oe / ano” é a abreviação de gigatoneladas de equivalente de petróleo por ano; a hidroeletricidade e a energia nuclear são mostradas na Figura S2. As taxas mostradas nos painéis são as mudanças percentuais por década em todo o intervalo da série temporal. Os dados anuais são mostrados usando pontos cinza. Linhas pretas são linhas de tendência suaves de regressão local. Fontes e detalhes adicionais sobre cada variável é fornecida no arquivo suplementar S2, incluindo a Tabela S2.

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Figura S1. – Dióxido de carbono médio mensal medido no Observatório Mauna Loa, Havaí. Os dados de dióxido de carbono (curva preta), medidos como a fração molar no ar seco, em Mauna Loa constituem o registro mais longo de medições diretas de CO² na atmosfera. […] A linha preta representa os valores médios mensais, centralizados no meio de cada mês. A linha vermelha representa o mesmo, depois da correção para o ciclo sazonal médio. Este último é determinado como uma média móvel de SETE ciclos sazonais adjacentes, centrados no mês a ser corrigido, exceto o primeiro e o último TRÊS e anos e meio de registro, em que o ciclo sazonal foi calculado em média nos primeiros e últimos sete anos, respectivamente. Fonte https://www.esrl.noaa.gov/gmd/ccgg/trends/

Os sinais profundamente preocupantes das atividades humanas incluem aumentos sistemáticos tanto da população humana quanto de animais ruminantes. Também vem ocorrendo aumento significativo aumentos na produção de carne per capita, no produto interno bruto mundial, na perda global de cobertura florestada, no consumo de combustíveis fósseis, no número de passageiros transportados, nas emissões de dióxido de carbono (CO²) e nas emissões de CO² per capita desde 2000 (Figura 1, ficha suplementar S2). Sinais encorajadores incluem a redução das taxas globais de fertilidade (nascimento) (Figura 1b), a desaceleração da perda de floresta na Amazônia brasileira (Figura 1g), o aumento do consumo de energia solar e eólica (Figura 1h), a redução do investimento institucional na produção de combustível em mais de sete trilhões de dólares americanos (Figura 1j) e a proporção de emissões de GEE cobertos pelo preço do carbono (Figura 1m). No entanto, o declínio nas taxas de fertilidade humana desacelerou significativamente nos últimos 20 anos (Figura 1b) e o ritmo de perda de florestas na Amazônia brasileira começou a aumentar novamente (Figura 1g). O consumo de energia solar e eólica aumentou 373% por década mesmo assim em 2018 ainda era 28 vezes menor que o consumo de combustível fóssil (gás, carvão, petróleo) (Figura 1h). Em 2018, aproximadamente 14,0% das emissões globais de GEE eram cobertas pelo preço do carbono (Figura 1m), mas o preço médio global ponderado das emissões por tonelada de dióxido de carbono foi de apenas US $ 15,25 EUA (Figura 1n). É necessário um preço de taxa de carbono muito mais alto (IPCC 2018, Seção 2.5.2.1). Os subsídios anuais a combustíveis fósseis para empresas de energia têm flutuado e, devido a um aumento recente, foram superiores a US $ 400 bilhões em 2018 (Figura 1o).

O aquecimento dos oceanos, o aumento do nível do mar, os incêndios nos territórios dos Estados Unidos e demais condições climáticas cresceram de forma significativa impactando a vida marinha, de água doce e terrestre, o plâncton e corais, peixes e florestas (IPCC 2018, 2019). Essas questões apontam para a necessidade urgente de ação.

Apesar de 40 anos de negociações climáticas globais, com poucas exceções, a condução dos negócios manteve-se igual levando ao fracasso em lidar com essa situação (Figura 1). A crise climática chegou e está se acelerando mais rapidamente do que a maioria dos cientistas esperava (Figura 2,IPCC 2018). É mais grave do que o previsto, ameaçando os ecossistemas naturais e o destino da humanidade (IPCC 2019).  Especialmente preocupantes são os potenciais pontos de inflexão climática e os feedbacks que a natureza vem demonstrando (atmosféricos, marinhos e terrestres) que apontam para uma catastrófica “Terra da estufa”, muito além do controle dos seres humanos (Steffen et al. 2018). Essas reações em cadeia do clima podem causar perturbações significativas nos ecossistemas, na sociedade e nas economias, potencialmente criando grandes áreas inabitáveis na Terra.

Para garantir um futuro sustentável, precisamos mudar a maneira como vivemos, de forma a melhorar os sinais vitais resumidos em nossos gráficos. O crescimento econômico e o populacional estão entre os fatores mais importantes para o aumento das emissões de CO² oriundas da combustão fóssil (Pachauri et al. 2014, Bongaarts e O‘Neill 2018); portanto, precisamos de transformações ousadas e drásticas em relação às políticas econômicas e populacionais. Sugerimos seis etapas críticas e inter-relacionadas (em nenhuma ordem específica) que governos, empresas e o resto da humanidade podem adotar para diminuir os piores efeitos das mudanças climáticas. Essas são etapas importantes, mas não são as únicas ações necessárias ou possíveis (Pachauri et al. 2014; IPCC 2018, 2019).

  1. Energia: O mundo deve implementar rapidamente práticas maciças de eficiência e conservação de energia, substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis de baixo carbono (Figura 1h) e outras fontes de energia mais limpas, mais seguras para as pessoas e o meio ambiente (Figura S2). Devemos deixar estoques remanescentes de combustíveis fósseis no solo [ver linhas do tempo no IPCC (2018)] e buscar cuidadosamente emissões negativas efetivas usando tecnologias como a extração de carbono da fonte e da captura do ar, aprimorando os sistemas naturais (Etapa 3 ) Os países mais ricos precisam apoiar os países mais pobres na transição para esta mudança nas fontes de energia. Devemos eliminar rapidamente os subsídios às empresas de combustíveis fósseis (Figura 1o) e usar esquemas eficazes e justos para aumentar constantemente os preços do carbono para restringir o uso de combustíveis fósseis;
  2. Poluentes de vida curta. Precisamos reduzir rapidamente as emissões de poluentes climáticos de curta duração, incluindo metano (Figura 2b), carbono preto (fuligem) e hidrofluorcarbonetos (HFCs). Isso poderia retardar os feedbacks climáticos e potencialmente reduzir a tendência de aquecimento de curto prazo em mais de 50% nas próximas décadas, salvando milhões de vidas e aumentando o rendimento das culturas devido à redução da poluição do ar (Shindell et al. 2017). A alteração de Kigali de 2016 para eliminar gradualmente os HFCs é bem-vinda;
  3. Natureza. Nós devemos proteger e restaurar os ecossistemas da Terra. Fitoplâncton, recifes de coral, florestas, savanas, pradarias, pântanos, turfeiras, solos, manguezais e gramíneas marinhas contribuem muito para o sequestro de CO² atmosférico. Plantas marinhas e terrestres, animais e microrganismos desempenham papéis significativos no ciclo e armazenamento de carbono e nutrientes. Precisamos reduzir rapidamente a perda de florestas e biodiversidade (Figura 1f-1g), protegendo as florestas primárias e intactas restantes, especialmente aquelas com reservas de alto carbono e florestas mais jovens, com capacidade de sequestrar rapidamente o carbono (proforestação), enquanto realizamos reflorestamento e arborização, onde for apropriado, em escalas significativas. Embora a terra disponível possa ser limitadora em alguns lugares, até um terço das reduções de emissões necessárias até 2030 para atender ao acordo de Paris (<2˚C) poderiam ser obtidas com essas soluções climáticas naturais (Griscom et al. 2017).
  4.  Comida. Comer principalmente alimentos à base de plantas e reduzir o consumo global de produtos de origem animal (Figura 1c-1d), especialmente gado ruminante (Ripple et al. 2014), pode melhorar a saúde humana e reduzir significativamente as emissões de GEE (incluindo o metano na etapa 2). Além disso, isso liberará as terras cultivadas para o cultivo de plantas necessárias aos seres humanos em vez de alimentos liberando áreas de pastagens como apoio às soluções climáticas naturais (etapa 3). Práticas de cultivo para conservação, aumentam o carbono do solo e são de vital importância. Precisamos reduzir drasticamente a enorme quantidade de desperdício de alimentos em todo o mundo.
  5. Economia. A extração excessiva de materiais e a superexploração de ecossistemas, impulsionadas pelo crescimento econômico, devem ser rapidamente reduzidas para manter a sustentabilidade a longo prazo da biosfera. Precisamos de uma economia livre de carbono que aborde explicitamente a dependência humana da biosfera e políticas que orientem as decisões econômicas do acordo. As metas do crescimento do PIB e a busca incessante de riqueza precisam ser revistas com o objetivo de apoiar o bem estar humano, o apoio aos ecossistemas priorizando as necessidades básicas e a redução das desigualdades.
  6. População. Ainda aumentando em cerca de 80 milhões de pessoas por ano ou > 200.000 por dia (Figura 1a-1b), devemos estabilizar e, idealmente, reduzir gradualmente a população mundial dentro de uma estrutura que garanta a integridade social. Existem políticas comprovadas e eficazes que fortalecem os direitos humanos, diminuindo as taxas de fertilidade e diminuindo os impactos do crescimento da população nas emissões de GEE e na perda de biodiversidade. Essas políticas envolvem a disponibilização de serviços de planejamento familiar a todas as pessoas (e a remoção de barreiras ao acesso) e a obtenção da equidade total de gênero, incluindo a educação primária e secundária como norma global para todos, especialmente meninas e mulheres jovens (Bongaarts e O’Neill 2018).

Mitigar e adaptar-se às mudanças climáticas, honrando a diversidade dos seres humanos, implica grandes transformações nas maneiras como nossa sociedade global funciona e interage com os ecossistemas naturais. Somos encorajados por uma recente onda de preocupação. Órgãos governamentais estão fazendo declarações de emergência climática. Os estudantes são impressionantes. Os processos de ecocídio estão em andamento nos tribunais. Os movimentos de cidadãos de base estão exigindo mudanças, e muitos países, estados e províncias, cidades e empresas estão respondendo ativamente.

Como uma Aliança dos Cientistas do Mundo, estamos prontos para ajudar os tomadores de decisão em uma transição justa para um futuro sustentável e equitativo. Instamos o uso generalizado de sinais vitais, que permitirão melhorar a qualidade das decisões daqueles que são responsáveis pela formulação de políticas, do setor privado ao público, e melhorar o entendimento e a magnitude dessa crise, além de acompanhar o progresso e realinhar as prioridades para aliviar as mudanças climáticas.

A boa notícia é que essa mudança transformadora, com justiça social e econômica para todos, promete muito mais bem-estar humano a longo prazo do que os negócios de sempre. Acreditamos que as perspectivas serão maiores se os tomadores de decisão e toda a humanidade responderem prontamente a esse aviso e declaração de emergência climática e agirem para sustentar a vida no planeta Terra, nosso único lar.

Revisores colaboradores

Franz Baumann, Ferdinando Boero, Doug Boucher, Stephen Briggs, Peter Carter, Rick Cavicchioli, Milton Cole, Eileen Crist, Dominick A. DellaSala, Paul Ehrlich, Iñaki Garcia-De-Cortazar, Daniel Gilfillan, Alison Green, Tom Green, Jillian Gregg, Paul Grogan, John Guillebaud, John Harte, Nick Houtman, Charles Kennel, Christopher Martius, Frederico Mestre, Jennie Miller, David Pengelley, Chris Rapley, Klaus Rohde, Phil Sollins, Sabrina Speich, David Victor, Henrik Wahren, and Roger Worthington

Financiamento

O Worthy Garden Club forneceu financiamento parcial para este projeto.

Site do Projeto
Para visualizar o site da Alliance of World Scientists ou assinar este documento, vá para:
https://scientistswarning.forestry.oregonstate.edu/

Material suplementar

Os dados suplementares estão disponíveis no BIOSCI online, incluindo o arquivo suplementar 1 (lista completa de todos xxxxx signatários) e arquivo suplementar 2.

Referências

Briggs S, Kennel CF, Victor DG. 2015. Planetary vital signs. Nature Climate Change 5:969.

Bongaarts J, O‘Neill BC. 2018. Global warming policy: Is population left out in the cold? Science 361:650–652.

Griscom BW et al. 2017. Natural climate solutions. Proceedings of the National Academy of Sciences 114:11645–11650.

IPCC. 2018. Global Warming of 1.5° C: An IPCC Special Report. Intergovernmental Panel on Climate Change.

IPCC. 2019. Climate Change and Land. Intergovernmental Panel on Climate Change.

Pachauri RK et al. 2014. Climate change 2014: synthesis report. Contribution of Working Groups I, II and III to the fifth assessment report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Intergovernmental Panel on Climate Change.

Ripple WJ, Smith P, Haberl H, Montzka SA, McAlpine C, Boucher DH. 2014. Ruminants, climate change and climate policy. Nature Climate Change 4:2–5.

Ripple WJ, Wolf C, Newsome TM, Galetti M, Alamgir M, Crist E, Mahmoud MI, Laurance WF. 2017. World Scientists‘ Warning to Humanity: A Second Notice. BioScience.

Shindell D, Borgford-Parnell N, Brauer M, Haines A, Kuylenstierna J, Leonard S, Ramanathan V, Ravishankara A, Amann M, Srivastava L. 2017. A climate policy pathway for near-and long-term benefits. Science 356:493–494.

Steffen W et al. 2018. Trajectories of the Earth System in the Anthropocene. Proceedings of the National Academy of Sciences 115:8252–8259.

Observação:
O material complementar poderá ser lido ma íntegra no artigo original que se encontra aqui
Documento Original

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[i] Sinais vitais da terra – International Geosphere-Biosphere Programme include global land surface temperature anomalies, atmospheric carbon dioxide, arctic minimum sea ice extent and global mean sea level.