Proposta: Projeto de acessibilidade para o campus Vila Mariana I (FIAMFAAM)

Proposta: Projeto de acessibilidade para o campus Vila Mariana I (FIAMFAAM)
Cliente: FIAMFAAM
Aluno: Maria Izabel Bonfietti
Tutor: Drª Helena Degreas
Levantamento e diagnóstico
Projeto completo

Proposta de acessibilidade para escritório

 Cliente: não permite divulgação do nome da empresa
Aluna: Leila Carolina Arissa Vargas
Orientador: Drª Helena Degreas

Acessibilidade Universal: programa da disciplina

 

EMENTA

Estudo das questões projetuais da acessibilidade às edificações considerando os aspectos relacionados às pessoas portadoras de deficiência.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Aprimorar o entendimento da influência das decisões arquitetônicas na acessibilidade e segurança de uso das edificações. Além disso, são aprofundados os conhecimentos sobre instrumentos que podem ser empregados para proporcionar melhores condições de acessibilidade resultando num projeto arquitetônico de qualidade e que atenda plenamente às necessidades do usuário final.
Melhorar a formação dos profissionais no conhecimento sobre acessibilidade, da situação do espaço construído em relação a sua adaptação às exigências da sociedade, das possibilidades de se obter maior desfrute dos espaços.
Planejamento e a adequação do ambiente urbano e dos sistemas de deslocamento sobre a cidade.
Estudar a Legislação relacionada ao tema.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Conceito de desenho universal.
Sociedade inclusiva
Cidade Acessível
Espaços acessíveis que atendam aos princípios do desenho universal.
Variedade de necessidades dos usuários, autonomia e independência.
Ambiente construído: a adequação e adaptabilidade da estrutura, das instalações.
Mobiliário e equipamentos adaptados
Garantias Legais de Acessibilidade

METODOLOGIA DE ENSINO

Palestras, aulas teóricas e exercícios práticos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados pela participação em aula, no desenvolvimento dos exercícios e seminários propostos, e realização da prova. A freqüência será aferida pela lista de presença.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ABNT-Associação brasileira de normas Técnicas. NBR9050:Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Disponível em: http://www.mpdft.gov.br/sicorde/NBR9050-31052004.pdf Acesso em: 29.07.2011

CAMBIAGHI, Silvia. Desenho Universal: métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas. São Paulo: SENAC, 2008.

MATARAZZO, Claudia. Vai encarar? : a nação quase invisível de pessoas com deficiência. São Paulo: Melhoramentos, 2009.

PRADO, Adriana R. De Almeida. Desenho Universal – Caminhos da Acessibilidade no Brasil, São Paulo: Annablume, 2010.

Livro Mobilidade Acessível na Cidade de São Paulo PDF.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GOLDSMITH, Selwyn. Design for the disabled. New York: McGraww-Hill Book, 1990.

PREISER, Wolfgang F.E.; OSTROFF, Eliane (editors). Universal Design Handbook. New

York: Mc. Graw Hill, 2001.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS

Biblioteca com diversos arquivos em PDF: Disponível em: http://www.desenhouniversal.com
acesso em 04.05.09 as 21:30:20

Guia de acessibilidade nas edificações. Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/imgs/cart_aces_edificacoes.pdf
acesso em 04.05.09 as 22:20:30

Guia de acessibilidade urbana: Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/imgs/cart_aces_urbana.pdf
acesso em 04.05.09 as 20:25:20

http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0217/Mobiliario_Urbano_Antropometria.pdf
acesso em 04.05.09 as 24:32:25

http://helenadegreas.com.br Acesso em 07.01. 2010 as 11:11:28 e http://helenadegreas.wodpress.com

http://derrubandobarreirasacessoparatodos.blogspot.com/ Acesso em 04.01.2010 as 11:12:35

Projetos de ex-alunos

 

Chegaram os novos projetos de apartamentos acessíveis da turma de Desenho Universal!

Neste semestre tive o prazer de lecionar a disciplina Acessibilidade Universal para quatro turmas do curso de Design de Interiores.

Discutimos questões vinculadas aos direitos universais que, para meu espanto, não eram conhecidos pelos meus futuros colegas de proffissão. Sim, em poucos dias, seremos colegas, não é? =D

Passamos por dicussões acaloradas sobre o direito à dignidade humana, por projetos acessíveis a todos que respeitem não apenas aos aspectos culturais e econômicos mas, principalmente, às necessidades e diferenças de cada ser humano.

Sei que é um tema árduo, difícil pois, apesar de vocês quererem desenvolver “sonhos” (sim, porque vocês projetam sonhos), as empresas brasileiras ainda não desenvolveram mobiliários e equipamentos bonitos que estejam à altura da formação de vocês. Imaginem então… acessíveis… É uma vergonha o que eu estou escrevendo, mas infelizmente é a verdade. Não pretendo citar as empresas mas, lembro-me de uma pergunta feita por um de vocês outro dia.

Era mais ou menos assim:
“Professora, de que me adianta conhecer as técnicas e os materiais para desenvolver projetos acessíveis a todos ou ainda para atender pessoas com algum tipo de deficiência funcional se o mercado só oferece mobiliários que deixam meus projetos com cara de hospital e são feios de doer… além de caríssimos…”

Fica aí registrado o recado dos meus queridinhos para as empresas. Ofereçam mobiliários e peças de qualidade, esteticamente adequadas aos nossos padrões culturais, que atendam nossos deficientes, com necessidades especiais, idosos, crianças, a TODOS enfim e tenham preços que não sejam extorsivos como aqueles com os quais meus alunos se depararam…

Bom, vamos ao programa proposto:

Casal na faixa de seus quarenta e poucos anos. Ele é advogado e ela médica. Tem um filho adolescente. Moram com a avó que, apesar de independente, necessita de andador para locomover-se.  Após um acidente, ele machuca a coluna e passa a locomover-se por meio de uma cadeira de rodas. A avó, viúva, não aceita a s limitações impostas pela idade e, para desespero de toda a família, não admite a ajuda de ninguém. Gosta de cozinhar para seu neto e os amigos dele. O neto, obviamente, não reclama… A família adora receber amigos e o pai, vez e outra, surpreende a todos com jantares organizados por ele. Que aliás, são melhores que os da mãe que nunca tem tempo para nada… rs

Proposta:
Não há limitação no orçamento mas, os alunos, deverão fazer um layout do apartamento considerando o atendimento das necessidades de todos os moradores. Na segunda etapa, vocês deverão selecionar um cômodo, desenvolver o projeto em escala compatível a detalhamento indicando as peças e empresas escolhidas por vocês para composição dos ambientes.

Gostei de trabalhar com vocês! obrigada!

Em seguida, alguns dos trabalhos enviados por eles.

Nayara Pereira (nay.interiores@hotmail.com) e Silvio Oliveira (silviojo@hotmail.com)

Projeto completo
Mirian Moura Ferreira (mirianmmoura@hotmail.com)
Projeto completo

Francis Amaral, Davii Prata (davi@tendi.com.br) e Márcio Henriques

planta de circulação
Planta.banho
memorial descritivo

Rodrigo Colombo colombo.ro@gmail.com  William S. Sato willjapones@hotmail.com
Projeto completo

Adriana Martins de Siqueira Amato( driamato@uol.com.br ), Ana Aparecida Russo (anaarusso@ig.com.br ) e Danielly Ojea( danielly002@hotmail.com )
Projeto completo

Fabio de Bem, Renata Acunzo, Thais AndradeProjeto completo

Elza A. Santos ( binaspa@hotmail.com)
Fabio A. Gomes (fabiogomesinteriores@hotmail.com)

Projeto completo

Alessandra Albuquerque (alessandra@boomerland.com.br) e
Camila Melo (caaah.melo@gmail.com )

Projeto completo

Andreia Barros, Ariane Fernandes, Lucas Duarte (lucasduartedesign@gmail.com )

Nisrin El Yousef (nisrinelyoussef@hotmail.com) Aline Iesenco Samara Delgado

Projeto completo

Jéssica Emily – jehzinha_10@hotmail.com
Gisleine Pimenta – gisleine_pimenta@hotmail.com
Thais Araujo – thaisaraujo.interiores@hotmail.com

Projeto completo

Lidia Ling (lidialing@hotmail.com) e Priscila Brito (priscililabrito@gmail.com)

Projeto completo

Acessibilidade Universal: programa do curso 2011 1º

EMENTA

Estudo das questões projetuais da acessibilidade às edificações considerando os aspectos relacionados às pessoas portadoras de deficiência.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Aprimorar o entendimento da influência das decisões arquitetônicas na acessibilidade e segurança de uso das edificações. Além disso, são aprofundados os conhecimentos sobre instrumentos que podem ser empregados para proporcionar melhores condições de acessibilidade resultando num projeto arquitetônico de qualidade e que atenda plenamente às necessidades do usuário final.

Melhorar a formação dos profissionais no conhecimento sobre acessibilidade, da situação do espaço construído em relação a sua adaptação às exigências da sociedade, das possibilidades de se obter maior desfrute dos espaços.

Planejamento e a adequação do ambiente urbano e dos sistemas de deslocamento sobre a cidade.

Estudar a Legislação relacionada ao tema.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Conceito de desenho universal.
Sociedade inclusiva
Cidade Acessível
Espaços acessíveis que atendam aos princípios do desenho universal.
Variedade de necessidades dos usuários, autonomia e independência.
Ambiente construído: a adequação e adaptabilidade da estrutura, das instalações.
Mobiliário e equipamentos adaptados
Garantias Legais de Acessibilidade

 

METODOLOGIA DE ENSINO

Palestras, aulas teóricas e exercícios práticos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados pela participação em aula, no desenvolvimento dos exercícios e seminários propostos, e realização da prova. A freqüência será aferida pela lista de presença.

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CAMBIAGHI, Silvia. Desenho Universal: métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas. São Paulo: SENAC, 2008.

MATARAZZO, Claudia. Vai encarar? : a nação quase invisível de pessoas com deficiência. São Paulo: Melhoramentos, 2009.

NBR 9050. Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificação, espaço, mobiliário e equipamento urbanos.

SÃO PAULO (Cidade) Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano. Comissão Permanente de Acessibilidade. Guia de acessibilidade em edificações. São Paulo: CPA, 2002.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GOLDSMITH, Selwyn. Design for the disabled. New York: McGraww-Hill Book, 1990.

PREISER, Wolfgang F.E.; OSTROFF, Eliane (editors). Universal Design Handbook. New

York: Mc. Graw Hill, 2001.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS

Biblioteca com diversos arquivos em PDF: Disponível em: http://www.desenhouniversal.com
acesso em 04.05.09 as 21:30:20

Guia de acessibilidade nas edificações. Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/imgs/cart_aces_edificacoes.pdf
acesso em 04.05.09 as 22:20:30

Guia de acessibilidade urbana: Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/imgs/cart_aces_urbana.pdf
acesso em 04.05.09 as 20:25:20

http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0217/Mobiliario_Urbano_Antropometria.pdf
acesso em 04.05.09 as 24:32:25

http://helenadegreas.com.br Acesso em 07.01. 2010 as 11:11:28 e http://helenadegreas.wodpress.com

http://derrubandobarreirasacessoparatodos.blogspot.com/ Acesso em 04.01.2010 as 11:12:35

Projetos de ex-alunos

 

Sobre plantas e maquetes táteis: execução do sambódromo (diário de sala)

Este projeto surgiu como proposta complementar para o Carnaval 2011 que vem sendo desenvolvido com a SPTuris e FIAMFAAM Centro Universitário com o precioso apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos

Como atividade vinculada ao escritório-modelo do Curso de Arquitetura e Urbanismo, um conjunto bastante significativo de alunos, voluntariou-se para colaborar numa tarefa bastante difícil: como mostrar o sambódromo (planta em PDF) e o espaço para evolução de uma escola de samba?

O Desafio:
1. Como podemos colcaborar com um Deficiente Visual ajudando-o a compreender as características arquitetônicas e espaciais de um complexo de edificações que constituem o sambódromo de São Paulo?
2. Será que por meio de nosso trabalho conseguiremos colaborar na compreensão de como se dá o desenvolvimento da apresentação de uma escola de samba.

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Vamos construir objetos que servirão de tecnologias assistivas.

1.Vamos representar como uma planta de implantação das edificações do sambódromo? e para que serve a planta tátil? como é usada?

Planta tátil: seu uso é destinado para a orientação espacial

A orientação espacial dentro dos edifícios ou em áreas urbanas ocorre a partir da percepção do posicionamento que os objetos tem uns em relação aos outros. Como os deficientes visuais (para o caso dos cegos) não são capazes de apreender toda a situação a partir do olhar ou de uma imagem geral, é importante que a compreensão da organização, relacionamento, distância e organização entre objetos, edificações e arquiteturas possam ocorrer por meio de outros mecanismos.

A percepção do conjunto de edificações, localização e distribuição do complexo de edificações que compõem o sambódromo será viabilizada por meio de uma planta tátil de localização ou de implantação. Isso dará a oportunidade do Deficiente Visual compreender as relações espaciais entre os edifícios. A manipulação da planta tátil por diversos ângulos (a planta será colocada sobre uma mesa)  associada à memorização (repetição da leitura organizando uma sequência de situações) colaborará na formação dos conteúdos necessários para a orientação do deficiente visual.

Em seguida, inseri uma série de imagens do Guia Tátil (planta táil): complexo Padre Chico executado em 2005.

Objetivos:

Planta tátil do Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo

– A planta será realizada na escala 1:750 (0.50m x 1.50m x 0.04m) e poderá ser colocada tanto sobre mesa quanto fixada na parede.
– Identificação dos edifícios que serão representados; identificação das áreas permeáveis que serão representadas; identificação das circulações e pisos que serão representados; identificação dos cercamentos que serão representados; identificações dos viários de entorno que será representados.
– Definição do uso de fonte Verdana 24, ou maior para escrita dos textos;
– Planta tátil será construída com poliestireno em três cores, a saber: branco, preto e vermelho (edifícios), piso do sambódromo em branco e viário do entorno em preto.
– Os textos serão confeccionados em vinil adesivado branco com texto impresso em preto e vinil adesivado preto com texto impresso em branco. Não haverá texto impresso sobre as edificações que estão em vermelho.
– Tanto textos impressos quanto textos em Braille obedecerão a NBR9050.

Maquete Tátil: Arquibancadas e Camarotes (setor B)

– A maquete tátil será realizada na escala 1:100 (0.24m x 1,28m x 0.50m) e poderá ser colocada sobre mesa; Sua base tem medidas de 0,06m x 0,80m x 1,40m.
– Deverá representar a forma (volume – cheios e vazios), proporções, escalas, estrutura da edificação, afim de dar noções de espacialidade ao deficiente visual.
– Definição do uso de fonte Verdana 24, ou maior para escrita dos textos.
– Os textos serão confeccionados em vinil adesivado
– Ainda será decidido se haverá ou não a diferenciação de cores na maquete, ou se será mantida a uniformidade da cor do MDF envernizado.

Ficha Técnica do Sambódromo:

Nome real do local:
Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo

Assessoria e consultoria técnica voluntária em maquetes
Prof. Ângelo Pinheiro

Alunos (comprometidíssimos) voluntários
Andréia da Rocha, Christofer Carvalho, Alexandre Vinícius Appel, Aline Oliveira Janas, Henrique Matuchita Viana, Fabiana da Silva Queiroz, Aline Pinho Linguanoto, Talitha Chiovetto, Gabriel Presto, Cleber Sakin Hanashiro, Juliana Escribano, Cleidnalva Ferreira de Araújo, Michele Medeiros

Planta tátil do Sabódromo

Materiais:

Chapas (2,00m x 1,00m) de poliestireno (ps)
1 chapa de 1mm preta
1 chapa de 1mm branca
1 chapa de 2mm vermelha
Cola Spray 3m “77” – 3 latas
Cola Branca – 1kg
Cola adesivo instantâneo CA 40 – 2 tubos grandes
Verniz em spray ColorGin Decor spray multiuso
Loja: Vick

MDF
mdf 3mm – 1 chapa de 1,00m x 0,50m
mdf 9mm – 1 chapa de 1,40m x 0,50m
mdf 12mm – 2 chapas de 0,80m x 0,30m
Sarrafos (cedrinho aparelhado) de +/-  2,5cm x 5,0cm
2 barras de 1,40m
4 barras de 0,50m
2 barras de 1,00m

Loja: Peg&Faça

Construção da Planta Tátil: algumas imagens


trabalho de muiiittttaaa paciência…


delicadeza….. preparando a massa que servirá para idenificação das áreas permeáveis – jardins

Planta Tátil

Embora parcialmente pronta, ainda falta adesivar o texto em tinta e o texto em Braille.

ai, meu Deus… não sabemos ler o alfabeto Braille… ainda bem que conseguimos o material da FDNC… a identificação e leitura será visual mesmo… para quem tem presbiopia como eu, não vai dar… mas os meninos que são jovens, conseguem… rsrsrs


adesivaradesivardesivaradesivaradesivaradesivaradesivarasesivaradesivar

envenvernizando a planta tátil sob um sol de 35oC - só os fortes sobrevivem...

Hora do rango, bóia… porque ninguém é de ferro… como estão todos sem tempo, esfihas do Habib’s… umas cem aproximadamente…
Desculpem a foto, está com a cara de fim de feira, mas como estavam todos com fome, só lembramos de fotografar os restos… na maquetaria mesmo… rs

Maquete Tátil: Arquibancadas e Camarotes (setor B)

Materiais

MDF
mdf 3mm – 1 chapa de 1,40m x 0,80m
mdf 6mm – 1 chapa de 1,40m x 0,80m
mdf 12mm – 1 chapa de 1,40m x 0,80m
Sarrafos (cedrinho aparelhado) de +/-  2,5cm x 5,0cm – 2 barras de 1,40m

Loja: Peg&Faça

1.Vamos representar a arquibancada principal do sambódromo? e para que serve uma maquete tátil? como é usada? ela é diferente de uma maquete feita para videntes?

Maquete Tátil: seu uso é destinado para a percepção da forma, do volume, das estruturas, das proporções, dimensões e dependendo da escala, dos detalhes construtivos de uma edificação explorando os demais sentidos. Portanto, é possível incluir contraste de cores para atender aos usuários com baixa visão, ou ainda som com o objetivo de complementar informações não atendidas pela maquete e também odores. O tato é por assim dizer, mais uma das possibilidades de compreensão das arquiteturas.

Construção da Maquete tátil: algumas imagens

preparando o tabuleiro: a maquete é feita de MDF e será manipulada pelos DVs para compreensão. precisa ser firma, rígida, sólida enfim… por isso a base reforçada.

Pensando e discutindo com o Prof. Ângelo os objetivos da maquete tátil. Resumindo, o que deve ser mostrado e como fazer com que os conteúdos sejam inteligíveis para os DVs. Foi decidio então que a maquete deverá ressaltar dimensões (a partir da escala humana), proporções e as principais características arquitetônicas (forma das arquibancadas, das estruturas de concreto, a localização das principais funções tais como sanitários, camarotes, acessos entre outros). A partir daí, o grupo optou por construir a maquete tátil na escala 1:100, mais adequada para apresentar os objetivos definidos.


Depois de imprimir o material em papel e estudar a melhor forma para construí-la, os alunos dividiram-se me grupo e iniciaram o desenho e o corte das peças. Nessa foto, os launos estão lixando a estrutura de concreto que sustenta a arquibancada.

Todas as 19 peças são revistas para que tenham o mesmo tamanho. por que 19?!?


É que a professora acabou quebrando uma delas… delicadeza zero…



Como o trabalho todo é manual, artesanal, algumas revisões são necessárias: de volta à serra de fita pois…


agressivos? não… #diversão pura num sábado calorento…

E não é que está ficando bem legal? foto do esqueleto da arquibacanda principal.


Acima, grupo feliz com o trabalho do dia.

Abaixo, também

hoje, 19.02.2011

Já são 16h.  Ainda estão animados. Tentamos ouvir todos os sambas das escolas estudadas mas o modem 3G da #CLARO não serve para nada…

Retomando os trabalhos: alguns começaram a ficar estranhos… sei não…

será o calor? a fome? a sede? abstinência de sono?

ou será a pressão do prazo?????

acho que foi o excesso de açúcar... deixou todo mundo elétrico... criança é assim mesmo...

Vamos todos agradecer à Profª Alessandra, grande fornecedora de biscoitos, bolos… ai, meu Deus, como é bom… rsrsrs

Alguns excessos vêm acontecendo entre eles… é a idade…

falta espaço... sobra vontade... 😀

Dia 22.02.2011, 20h.

Todo o grupo reunido para terminar a maquete tátil da arquibancada monumental. Vocês estão vendo?!?

acabou a energia elétrica... as serras não funcionam...

Fechando a maquetaria com CHAVE DE OURO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A-CA-BA-MOS antes do prazo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Enredo (áudio do samba)

Camisa Verde e Branco
Paulista viva, vista a camisa.
A mais paulista das avenidas Compositores
:

Mestre Ideval, Dica, Diego Santos e Fabiano Brandão

Rosas de Ouro
Abre-te Sésamo: a senha da sorte

Mocidade Alegre
Carrossel das Ilusões
Douglas, Edmilson, Marcio Bueno, Igor Leal, Rodriguinho e Victor Alves

 

Mais sobre o assunto em:

Vídeo sobre a finalização e agradecimentos aos participantes

Saiu na mídia
Deficientes Visuais Visitam escola de samba na zona norte de São Paulo
Deficientes Visuais vivenciarão o carnaval de São Paulo
Carnaval Acessível de São Paulo 2011: Só não vê quem não quer

Carnaval de São Paulo lança projeto, ‘Só Não Vê Quem Não Quer’
Carnaval 2011 de São Paulo contará com ação para inclusão de pessoas com deficiência visual

Carnaval 2011 de São Paulo terá inclusão de deficientes visuais

“Só não vê quem não quer” seleciona participantes

Carnaval de SP pretende levar deficientes visuais ao sambódromo

Carnaval 2011 de São Paulo terá inclusão de deficientes visuais

Deficientes visuais também acompanharão o Carnaval 2011
Carnaval 2011 de São Paulo terá inclusão de deficientes visuais
Inclusão sóciocultural na Mocidade Alegre
http://vascopresscom.blogspot.com/

Alunos e Professores mostram suas produções para o carnaval
FMU apresentou maquetes táteis do carnaval 2011 para pessoas com deficiência Visual

TV
Projeto abre as quadras de escolas de samba para deficientes visuais


Diagnóstico e proposta de acessibilidade: Museu da Energia (casarão Santos Dumont)

Desenvolvido pelos alunos do Escritório Modelo Digital do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIAM-FAAM, o trabalho avaliou as condições de acessibilidade de alguns locais de uso público e coletivo em São Paulo.

Local:
Museu da Energia (casarão Santos Dumont – SP)
Aluna:
Neide Quitéria da Costa ( nqcosta@uol.com.br)
Tutor:
Drª Helena Degreas

Relatório da visita técnica (doc)

Diagnóstico do casarão (PDF)

Diretrizes para intervenção

Diagnóstico e proposta de acessibilidade: Freguesia do Ó (Largo Novo e Velho da Matriz)

Desenvolvido pelos alunos do Escritório Modelo Digital do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIAM-FAAM, o trabalho avaliou as condições de acessibilidade de alguns locais de uso público e coletivo em São Paulo.

Local:
Freguesia do Ó (Largo Novo e Velho da Matriz)- Zona Norte- São Paulo/SP
Aluna:
Bruna Costa Borges (RA4136061)
Tutor:
Drª Helena Degreas

Visita Técnica: ativividade 1

Diagnóstico da área

Diretrizes de intervenção para o local

Outros links relacionados:
Diagnóstico e proposta de acessibilidade da região da LUZ
http://migre.me/3geXT

Guia Tátil de Ruas: Ipiranga, São Paulo


Trabalho apresentado junto ao Núcleo Pró-Acesso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Escola de Design e Artes Visuais da Universidade Veiga de Almeida (apoio da FAPERJ) no seminário “Acessibilidade no Cotidiano”, que ocorreu enre os dias 21 e 23 de setembro de 2004, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

endereço eletrônico do seminário: clique aqui

DEGREAS, H. N. ; GOZZO, Ruberval . Guia Tátil para o atendimento de pessoas portadoras de deficiência visual: propiciando o exercício da cidadania. In: Seminário: acessibilidade no cotidiano, 2004, Rio de Janeiro. Acessibilidade no Cotidiano: programação e resumo dos trabalhos, 2004.

 

Trabalho completo:

Guia Tátil de Ruas Ipiranga

Prática Experimental em ambiente acadêmico: relato de experiência desenvolvida no escritório-modelo do curso de arquitetura e urbanismo do a FIAMFAAM Centro Universitário

 

 

 

Experimental Practice in academic environment:
report of an experiment carried out in the model office of the
Architecture and Urban Planning Course at FIAM-FAAM University Center

Drª Helena Napoleon Degreas[1]; Drª Paula Katakura[2]

RESUMO

As transformações no mundo do trabalho vêm requisitando profissionais da área de arquitetura e urbanismo qualificados que acompanhem as mudanças e transformações do mundo contemporâneo e que atendam às complexas demandas de uma sociedade em constante mudança. Para tanto, o projeto pedagógico deve viabilizar a coexistência indissociável de relações entre teoria e práticas experimentais, buscando a solução de situações problema contextualizados em realidade vivenciada pelo aluno. O texto abordará, por meio da descrição de um objeto pedagógico denominado “mapa tátil e de baixa visão” desenvolvido em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, o papel pedagógico desempenhado pelos programas e projetos de pesquisa e extensão realizadas no escritório-modelo do curso de arquitetura e urbanismo da FIAM-FAAM para a construção de novos conhecimentos visando à aquisição das habilidades, competências e aprofundamento dos conhecimentos tecnológicos dos futuros profissionais em ambiente acadêmico.

Palavras-chave: escritório modelo, prática profissional, programas de extensão universitária, mapa tátil e baixa visão, habilidades e competências em arquitetura.

Mapa Tátil Urbano: FIAMFAAM Campus Liberdade 

Fonte: Arquivos do Escritório Modelo do Curso de Arquitetura e Urbanismo FIAMFAAM. Foto Katakura, Paula 2008.

ABSTRACT

Transformations in the world of work call for qualified professionals in the architecture and urban planning area who follow the alterations and transformations of the contemporary world and who atend the complex demands of a society in constant change. To achieve that level, the pedagogical project must make viable the inseparable coexistence of relations between theory and experimental practice, seeking for solutions to problematic situations contextualized in the reality experienced by the pupil. By means of the description of a teaching tool called tactile and low vision map developed in partnership with the Dorina Nowill Foundation for the Blind, the text will broach the
pedagogical role played by the programs and research projects and outreach projects carried out in the model-office of the Architecture and Urbanism course at FIAM-FAAM for the building of new knowledge aiming at the acquisition of skills, abilities and deepening of the technological knowledge of future professionals in an academic
environment.
Keywords: model office, professional practice, university outreach
programs, tactile and low vision map, skills and abilities in architecture.

RESUMEN

Las transformaciones en el mundo del trabajo están exigiendo profesionales de la arquitectura y del urbanismo cualificados, que sigan las transformaciones del mundo contemporáneo y que lleven a cuidado de las demandas de una sociedad compleja en cambio constante. Para eso, el proyecto pedagógico debe hacer posible la coexistencia indisociable de relaciones entre la teoría y las prácticas experimentales, buscando la solución de los problemas contextualizados en la realidad conocida por el aluno. El texto abordará, por medio de la descripción de un objeto pedagógico denominado “mapa táctil y de baja visión””en sociedad con la fundación Dorina Nowill para Cegos, la función pedagógica desempeñada por los programas y proyectos de pesquisa y extensión realizadas en el taller-modelo del curso de Arquitectura y Urbanismo de la FIAM-FAAM para la construcción nuevos conocimientos buscando la adquisición de las habilidades, de las competencias y de la profundización del conocimiento tecnológico de los futuros profesionales en el ambiente académico.

Palabras-clave: Taller-modelo, Práctica profesional, Programas de extensión universitaria, Mapa táctil y de baja visión, Habilidades y competencias en arquitectura.

Introdução

As mudanças no ambiente de trabalho vêm requisitando profissionais da área de arquitetura e urbanismo qualificados que acompanhem as transformações do mundo contemporâneo e que atendam às demandas de uma sociedade altamente complexa. Para tanto, o projeto pedagógico deve viabilizar a coexistência indissociável de relações entre teoria e práticas experimentais, buscando a solução de situações-problema contextualizadas em realidade vivenciada pelo aluno.

As grandes transformações da sociedade nas últimas décadas estão refletidas nas mudanças no comportamento humano, principalmente da população que se concentra nos centros urbanos. Estão em permanente mudança os hábitos de morar e de trabalhar, que demandam novas soluções para a edificação, a cidade e o ambiente. O conhecimento voltado à produção do habitat do ser humano quer nos seu abrigo individual, quer nos seus espaços coletivos, não pode ficar alheio a essas transformações e exige preparação de profissionais, arquitetos e urbanistas, capacitados para enfrentar essa nova realidade.

Neste contexto, com o aumento das informações disponíveis, a educação deve considerar a forma individual de aprendizagem, trabalhar a capacitação cognitiva, a interpretação, a procura da informação e a indagação por meio de um programa que contemple a interconexão daquilo que se aprende unindo inteligência e criatividade. O profissional arquiteto e urbanista, deverá saber identificar problemas, compreender a realidade e seus diferentes atores, transformando a matéria e criando soluções para o espaço da sociedade, tomando decisões e relacionando campos de conhecimento antes isolados.

Torna-se cada vez mais importante a necessidade de reciclagem constante de trabalhadores e profissionais devido à quantidade dessas novas informações, instrumentos de trabalho e formas de acesso ao conhecimento que se internacionalizou.

A formação não se dá ou se encerra na entrega do diploma ou da certificação profissional. Assim como situações diante da vida profissional deixam de ser previsíveis inviabilizando a adoção de soluções pré-concebidas. Esses trabalhadores e profissionais deverão estar preparados para aprender a ser, aprender a aprender, aprender a conviver, aprender a fazer continuamente, adotando nova postura pró-ativa face às novas e imprevisíveis situações que deverão ocorrer ao longo de toda sua vida profissional. Esse será o desafio a ser percorrido e vencido pelas instituições de Ensino Superior: como desenvolver egressos que tenham internalizado em seu processo de formação e desenvolvimento constantes as competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas ou ainda laborais necessárias para sua inserção no mundo de relações complexas e interdependentes?

Trata-se de uma mudança de paradigmas que leva ao enfrentamento de um desafio: a adequação dos projetos político-pedagógicos e métodos de ensino dos cursos de arquitetura e urbanismo ao atendimento da formação fundamentalmente educativa e focada não apenas na educação profissional, mas também no desenvolvimento de condutas e atitudes com responsabilidade técnica e social.

Essa formação deve estar expressa no conjunto de ações pedagógicas que serão tomadas para a viabilização dos programas de pesquisa, ensino e extensão garantindo o desenvolvimento das competências e habilidades previstas para a formação do perfil profissional pretendido para cada curso.

Um ponto importante a ser ressaltado ainda é a interpretação e a forma de como se tem dado o ensino que objetiva o desenvolvimento de competências e habilidades profissionais em arquitetura e urbanismo em sala de aula a partir dos profissionais de ensino. Existem algumas evidências extraídas de levantamentos informais em nossa área de atuação que apontam para uma formação pedagógica específica insuficiente destes docentes na área de educação e formação para a atividade de ensino e formação profissional que atendam ao texto da Lei Federal nº 9.394 – 20.dez.1996. Embora altamente titulados e qualificados em seus campos de atuação profissional vinculado à arquitetura e ao urbanismo, apresentaram na elaboração de seus programas de curso metodologia e aplicação de recursos pedagógicos insuficientes para o desenvolvimento de conceitos básicos na área de educação profissional tais como saberes, habilidades e competências. Outro ponto a considerar é a forma como esses conceitos (parcialmente compreendidos) são trabalhados no dia a dia com os alunos na forma de novas ações pedagógicas. Ocorre que na insuficiente formação específica para o ensino em cursos de pós-graduação de arquitetura e urbanismo, os profissionais voltados à docência adotam modelos construídos ao longo de sua formação espelhando-se, num primeiro momento, em professores cujas atitudes e comportamentos exerceram influência em sua prática docente.

Pode-se acrescentar a tradição culturalmente internalizada entre arquitetos professores que é a de que o aprendizado ocorre por meio da transmissão do ofício ou ainda, que a arquitetura e o urbanismo podem ser apreendidos por meio do discurso realizado pelos mestres sobre o que é a arquitetura, o urbanismo e como se deve agir para alcançar êxito em seus desenhos, projetos e planos. Pode-se afirmar que para esse caso, aprende-se por influência, materializando-se na formação dos alunos os princípios, práticas e visões de arquitetos tradicionalmente reconhecidos pela qualidade de suas obras. A construção de novos conhecimentos e a transmissão de saberes, práticas, comportamentos, visões de mundo desses profissionais devem permanecer nos currículos, mas a eles precisam ser incorporadas novas práticas pedagógicas que privilegiem o processo de busca, construção, apropriação, utilização e aplicação desses saberes para com isso atender à urgente formação de profissionais cientes de suas responsabilidades éticas, sociais, ambientais e preparados para responder a uma sociedade complexa.

É nesse contexto que as atividades extensionistas vinculadas aos cursos de arquitetura e urbanismo de instituições de ensino superior privadas ganham especial relevância: podem, além de viabilizar a transferências de saberes, conhecimentos e inovações tecnológicas para a sociedade por meio de ações dirigidas (palestras, eventos, campanhas, atividades assistencialistas, cursos, oficinas, viagens, entre outras), também apoiar processos educativos para todas as comunidades envolvidas (internas e externas à IES) voltados para resolução de problemas complexos multidisciplinares vinculados as questões sociais. Desta relação de confronto entre a troca de saberes acadêmico e popular nasce a produção de novos conhecimentos e a integração com a sociedade.

Atividades de extensão na formação profissional e pessoal do arquiteto e urbanista

A resolução nº 6 de 02 de fevereiro de 2006 que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo abrange um espectro bastante amplo de conhecimentos para a formação profissional e qualificação do arquiteto e urbanista na abrangência de suas competências profissionais. A Resolução 1.010 de 22 de agosto de 2005, por sua vez, que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea. As duas expressam claramente em seus textos habilidades específicas que encontram-se estreitamente relacionadas ao campo de trabalho e ao saber fazer e saber ser que são exigidas postos e ocupações de trabalho e habilidades de gestão que relacionam-se ao desenvolvimento de competências relacionais, pessoais, cognitivas e produtivas.

O ensino de atividades complexas (supervisão, orientação técnica, coordenação, planejamento, projetos, especificações, direção, execução de obras, ensino, consultoria, vistoria, perícia e avaliação) e que viabilizam o pleno exercício de algumas atividades referentes à Resolução 1.010 de 22 de agosto de 2005 e a Resolução nº 6 de 02 de fevereiro de 2006 necessitam de ambientes específicos de ensino/aprendizagem complementares à sala de aula que por sua vez continuarão a contribuir na construção das bases científicas, instrumentais e tecnológicas do futuro profissional. Cabe à extensão por meio de ações sociais extraclasse (atividades complementares, estágios voluntários entre outros) realizadas em seus escritórios-modelo, canteiros de obra, núcleos ou laboratórios de habitação e habitat, desenvolver e aprofundar as competências cognitivas, relacionais, pessoais e produtivas levando o egresso a assumir de forma segura e consciente responsabilidades  contidas em sua profissão.

Visando a criação de um ambiente de projeto que aprofunde a formação dos alunos do curso pela inclusão de experiências práticas focadas em questões sociais e vinculadas ao ensino teórico, é criado o Escritório Modelo. Sua missão é a qualificação profissional realizada por meio da prática em situações reais e com o envolvimento de alunos, professores, comunidade e profissionais de formações diversificadas em todas as etapas dos projetos. Na qualidade de centro de referência e integração das atividades teóricas e práticas desenvolvidas no Curso de Arquitetura e Urbanismo assume funções pedagógicas que permitem e incentivam ações multidisciplinares, interdisciplinares entre os alunos do Curso de Arquitetura, os alunos e professores dos demais cursos do centro universitário, profissionais vinculados a empresas, parceiros e representantes de comunidades externas à IES. A partir da inserção de novos atores e agentes vinculados a grupos diversificados, o escritório pretende desenvolver o potencial dos alunos nas seguintes competências:

Pessoais: pelo desenvolvimento de atividades de prestação de serviços sociais de sua competência profissional e adequados aos conhecimentos por ele desenvolvidos até o ciclo do curso em que está inserido, o aluno potencializa a autoconfiança, autoconhecimento, auto-estima ao constatar na prática que seu trabalho e seus conhecimentos são capazes de atender as demandas; aprimora o seu projeto de vida por meio da consciência do que quer ser, auto-realização, dando sentido a vida profissional, pois é capaz de exercitar o ofício ainda em ambiente acadêmico respaldado sempre pelas orientações advindas dos professores/arquitetos responsáveis pela tutoria dos alunos e projetos;

Relacionais: o convívio com o outro desenvolve o caráter interpessoal, por meio do reconhecimento do outro, do convívio com opiniões diversas das suas e com grupos, estimula a interação e aprimora a comunicação; o aluno necessariamente precisa expressar-se, expor as suas opiniões ao grupo em reuniões de trabalho internas ao escritório e externas quando da visita à obra, pesquisas de campo ou ainda quando da entrega de etapas de projeto.

Cognitivas: de maneira geral, estimula-se a leitura, a escrita, a representação gráfica de suas idéias, o cálculo para resolução de problemas, o acesso a informações acumuladas em várias áreas de conhecimento e distintas mídias, desenvolvendo a capacidade de pesquisa pela busca, organização, sistematização de informações adquiridas em distintas áreas de conhecimento e análise propositiva. Essa situação por estar localizada fora do âmbito das disciplinas do curso, exercitando e aprimorando o autodidatismo e o construtivismo.

Produtivas: por se tratar de projetos inéditos, multidisciplinares e compostos por agentes e profissionais multidisciplinares, desenvolvem-se as competências básicas que vão da criatividade objetivando a criação de um novo objeto à gestão/produção do conhecimento, além da profissionalização, da auto-gestão, gestão e co-gestão de equipes.

Pretende-se com este recurso pedagógico aproximar o aluno do mercado de trabalho e facilitar a constatação de satisfação em relação à carreira escolhida. A experiência diária demonstra que a procura de soluções para os problemas da sociedade e das comunidades envolvidas, obriga o desenvolvimento de soluções criativas, de aplicação imediata, que envolvem recursos muitas vezes restritos, demandas e restrições a serem analisados, prazos a serem cumpridos. Neste ambiente de ensino/aprendizagem a pesquisa não é puramente acadêmica, pois o envolvimento e a realização dos projetos contribuem para a integralização das atividades de pesquisa e extensão.

Ao se voltar para a sociedade e para os problemas externos ao do seu próprio ensino, o escritório exercita a flexibilidade do aluno na resolução de uma problemática real que está sujeita a alterações advindas das distintas demandas de todos os atores e agentes envolvidos no projeto, contextualizando-o numa situação real e concreta. Exercita e amplia seu projeto de vida e compreensão de mundo, pois ao contextualizar problemas que muitas vezes estão distantes de seu cotidiano, viabiliza a constituição de significados às coisas, dando sentido a tudo o que ele aprendeu em sala e fora dela.

Relato da experiência pedagógica adquirida a partir do Acordo de Cooperação Técnica entre a Fundação Dorina Nowill para Cegos e FIAMFAAM para a execução de Mapa Urbano Tátil e Baixa Visão.

O escritório modelo do curso de arquitetura e urbanismo vem realizando por meio de suas práticas, atividades de atendimento a diversos públicos buscando não apenas a  transmissão e aplicação dos conhecimentos construídos em ambiente universitário, como também o aprofundamento dos conhecimentos e práticas pedagógicas que levam ao desenvolvimento das competências pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas visando a formação de um ser humano pleno, consciente de suas responsabilidades e um profissional apto a atender as demandas do mercado de trabalho. Foi com esse propósito, que a proposta de parceria para a concepção e construção de objeto pedagógico para a Fundação Dorina Nowill para Cegos foi acolhida. Este objeto denominado Mapa Tátil e Baixa Visão deveria atender aos clientes atendidos pelo programa de mobilidade e orientação urbana em suas aulas com o intuito de instrumentalizar DV- deficientes visuais (cegos e de baixa visão) para o livre caminhar em cidades.

O Brasil, segundo o Censo do IBGE/2000, apresenta uma população com alguma deficiência física (motores, mentais, auditivos, visuais) na ordem de 14,5% da população total, sendo que, as deficiências visuais representam 48,1%, ou seja, 11.8 milhões do total de deficientes, mais de 100% superior à segunda causa de deficiência. Estes dados refletem a urgência na concepção e construção de objetos e instrumentos que visem a compreensão do espaço urbano, de seus equipamento públicos que venham a proporcionar uma maior liberdade a esse cidadão.

O trabalho foi executado a partir da experiência adquirida na elaboração do Guia Tátil de Ruas do Ipiranga para o ICG – Instituto de Cegos Padre Chico em 2003, pelo Núcleo de Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Marcos.

Figura 1: Mapa Urbano Tátil e Baixa Visão

Fonte: Arquivos do Escritório Modelo do Curso de Arquitetura e Urbanismo FIAMFAAM. Foto Katakura, Paula 2008.

A área selecionada para a confecção da maquete engloba um setor do bairro de Vila Mariana, município de São Paulo, lugar onde está situada a Fundação Dorina Nowill para Cegos. A região é caracterizada por um fluxo intenso e contínuo de pessoas que são atendidas por uma excelente infra-estrutura de transporte e acessibilidade (metropolitano e ônibus). A esta condição privilegiada, associa-se a existência de diversos equipamentos públicos e privados voltados ao atendimento de pessoas deficientes, com necessidades especiais e com mobilidade reduzida.

Um conjunto de recomendações e solicitações referentes ao tamanho, transporte, manutenção, conteúdo, informações técnicas foi feito ao grupo que desenvolveria o protótipo. Por sua vez, o escritório deveria não apenas realizar a tarefa solicitada no prazo previsto como também potencializar o desenvolvimento de algumas habilidades e competências previamente discutidas com a coordenação de curso ao longo do processo de desenvolvimento do protótipo. As etapas do processo de elaboração definidas pelo escritório foram as seguintes:

1.    Concepção de Projeto

Competências Habilidades Bases Tecnológicas
Reconhecer e compreender a linguagem técnica do desenho como também do alfabeto Braille e formas de leitura do DV;analisar o efeito do uso das cores em DV de baixa visão; desenvolver conhecimentos sobre as formas de orientação e mobilidade de DV; Aplicar os dados da pesquisa realizada para a viabilização do projeto do mapa; interpretar símbolos e convenções técnicas em arquitetura e Braille; Metodologia de pesquisa; tecnologia de matérias, de equipamentos, convenções gráficas e técnicas para desenho; convenções gráficas para escrita Braille; ergonomia aplicada a DV; Uso das cores para DV; desenho geométrico;

1.    Elaboração de Projeto

Competências Habilidades Bases Tecnológicas
Interpretar legislação, orientações e referências específicas sobre elaboração de mapas urbanos, atendimentos a DV; analisar as condições técnicas econômicas para viabilização do mapa; Utilizar informações de ordem legal e de natureza técnica específica, implementado-as no processo de trabalho; aplicação de dados socioeconômicos estudando a alternativa mais adequada para a execução do projeto; desenhar anteprojeto do mapa tátil; Projeto técnico do mapa tátil e de baixa visão; Desenho do projeto; legislação e convenções de representação; informática aplicada; computação gráfica aplicada; estudos preliminares para a execução do protótipo.

1.    Elaboração de Projeto Executivo

Competências Habilidades Bases Tecnológicas
Os alunos tiveram de eleger materiais para a elaboração do mapa; implementação de regras de controle para a execução das várias etapas de produção do protótipo (corte dos distintos materiais, colagens de todas as peças, etc.) para garantir a qualidade de protótipo; Organização do escritório modelo e do laboratório de maquetes e modelos para a execução do protótipo; Desenho do objeto; convenções técnicas, escalas, etc.; tecnologia de equipamentos, materiais e ferramentas;

1.    Gestão de Processo dos Serviços

Competências Habilidades Bases Tecnológicas
Selecionar as informações técnicas e tecnológicas aplicáveis ao processo de produção do mapa e d seu protótipo; analisar e interpretar preços relativos aos componentes do protótipo e dos serviços; acompanhar o desenvolvimento tecnológico da área de produção dirigida ao atendimento de mercado de deficientes (equipamentos, materiais, serviços, produtos, etc.) Técnicas de gerenciamento organizacional; criação de alternativas para assessoramento do cliente e manutenção técnica do mapa; criar, organizar e manter o cadastro de clientes e serviços utilizados ao longo do processo de execução do mapa; Fundamentos de administração e gestão; gerenciamento e sistematização, organização, arquivamento de informações e cadastros; noções de custos e orçamentos; liderança e relacionamento interpessoal; legislação aplicada; apresentação de trabalho e marketing.

Para a operacionalização das quatro etapas, alguns procedimentos foram tomados. Numa primeira fase foram identificados os membros da equipe de concepção, projeto e execução e definidas as atribuições e atividades de cada um dos seus membros (professor tutor; consultor técnico, estagiário sênior, estagiário júnior, técnicos do laboratório de maquetes), convidados externos (professores de mobilidade e orientação, fisioterapeutas, oftalmologistas, médicos e técnicos especializados da Fundação Dorina e das empresas fornecedoras de produtos para atendimento de pessoas DV); coube aos estagiários voluntários, respeitadas suas atribuições, a elaboração e o encaminhamentos do plano de execução do trabalho, com cronogramas contendo datas de entregas das distintas etapas. Neles, os alunos incorporaram visitas técnicas e reuniões de trabalho tanto no escritório quanto na fundação; As reuniões de trabalhos com os tutores eram semanais e lá os alunos com eventual presença dos técnicos (que também foram sendo capacitados para o desenvolvimento do protótipo) expunham o andamento do trabalho, as dificuldades e alternativas encontradas para a solução dos obstáculos. Os levantamentos para identificação dos principais equipamentos públicos e privados entendidos pela população do bairro de Vila Mariana e pelos clientes da Fundação Dorina foi feito por meio de leitura de mapas existentes (mídia papel e digital) e à pé com intuito de verificar a autenticidade dos dados e das entradas dos principais edifícios vez que os mapas cadastrais da PMSP adequados ao trabalho datam da década de 70.

Os alunos vivenciaram as quatro etapas do processo de desenvolvimento de competências, pois tiveram a possibilidade de conviver com alunos e profissionais de diversas formações e áreas de atuação, proporcionado a formação de um discurso adequado para o diálogo com públicos distintos; foi viabilizada a troca de informações e experiências criando um repertório técnico novo que só a convivência em atividades de trabalho com experiências diversas pode proporcionar. A entrega do projeto executado aos clientes (DV) e a imediata utilização do mesmo para fins de compreensão do lugar onde vivem possibilitou aos alunos muito mais do que a prestação de serviços sociais por meio do exercício de sua competência técnica. A concretização de seu trabalho e sua posterior utilização pelos clientes potencializou sua autoconfiança e auto-estima e auto-realização, pois o exercício do ofício efetivado no escritório modelo e respaldado pelo ambiente acadêmico (tutoria) deu sentido a sua vida profissional.

Referências

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Barboza, Joaquim Oliveira. O Ensino por Competências II. s.ed:s.l.,s.d.

Cegos ganham 1º mapa em braile com o entorno de estação do metrô em SP
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u555632.shtml
Acesso em: 02.05.2009.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz eTerra. 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1972.

Mapa Tátil auxilia deficientes visuais em estação do metrô.
Disponível em:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1087971-5605,00.html

Acesso em: 02.05.2009.

KATAKURA, Paula. Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: FIAMFAAM Centro Universitário, 2006.

Silva, Ricardo Toledo. Estado, políticas públicas e Universidade. In. Revista de Cultura e Extensão – USP. São Paulo Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária N. 00 (agosto a dezembro de 2005). p. 104-125.

Fundamentação Legal

Brasil. Lei Federal nº 9.394 – 20.dez.1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
Acesso: 15.01.2009.

Brasil. Resolução nº 6 – 2.02.2006. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e dá outras providências.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces06_06.pdf
Acesso em 15.01.2009.

Brasil. Resolução 1010 – 22.08.2005. Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.
Disponível em: http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf
Acesso em 15.01.2009.