Gentilezas urbanas: conversa fiada, música e…

AMO andar a pé. Ver gente me deixa feliz. Interagir com outras pessoas me enche de energia.

Estava escrevendo um artigo difícil, técnico, por horas. Ricotinha e Chanel até que tentaram…estavam lá firmes e fortes me dando o maior apoio moral, mas… não deu. Empacou. Tem horas que o cérebro deixa de funcionar.

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Espairecer… Pareceu apropriado, portanto, #fui a pé.

Desci aquela calçada medonha da Oscar Freire que fica em frente ao metrô. Explicarei o que significa “medonha” em outro post. Porque merece, viu? Não dá para acreditar o que fez o metrô de São Paulo na estação Oscar Freire.

Virei a esquina na Rebouças e me deparei com as seguintes cenas perto da Capote Valente.

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Não é lindo? no lugar de literalmente espremer os pedestres entre uma calçadinha estreita com muros / cercamentos e uma avenida (a Rebouças cuja velocidade de 50 km/hora para automóveis é de fazer corar qualquer gestor público consciente sobre segurança viária) o conceito acordado entre os diversos atores que criam espaços urbanos e o escritório Dal Pian Arquitetos viabilizaran usos urbanos antes inpensáveis para o prédio do Nubank: conversar, comer, jogar conversa fora, andar a pé pelo lado de dentro da propriedade do #nubank e …

… por que não ensaiar para a uma apresentação? Estes são @rafaeldalapa e o @tchon.silva

Área pública, local gratuito, eventuais passantes que, como eu, podem assistir, aplaudir e compartilhar em redes sociais este breve instante que me fez sentir tão bem. Trata-se de um valor que não entra na contabilidade tradicional de uma empresa. Bem intangível? pode ser. Lembro da marca mesmo sem ser cliente.

Poderia falar aqui das dificuldades que enfrentam escritórios de arquitetura para a produção de projetos que propõem espaços abertos, públicos, fluidos etc. Poderia citar  o papel do “mercado imobiliário” que dita regras em nome de consumidores imaginários que tentam lucrar até com milímetros²… poderia falar das empresas de vigilância predial que entendem que toda e qualquer cidadão representa perigo potencial à integridade do edifício e que portanto o mais sensato a fazer é colocar cones, cercar e impedir o acesso… mas para quê?

Resolvi contar o que vi: boas práticas urbanas, boas práticas de projeto e o resultado materializado bem na minha frente – um passeio público lindo no qual várias pessoas passam bons momentos e retornam para as suas atividades cotidianas mais leves… melhores… felizes.

 

 

 

Sobre gentilezas urbanas…

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Praticar a gentileza em ambientes urbanos com grande movimento de pessoas parece impossível, verdadeira obra de ficção.  Mas não foi o que aconteceu na rua Santa Clara quase esquina da Rua Bresser região conhecida por seu comércio pujante na cidade de São Paulo.

Passei por lá para pesquisar preços para o novo estofamento do meu sofá quando, do nada algo me chama a atenção. Uma geladeira na calçada. Amarela, colorida, linda!

Sim, uma geladeira. Confesso que fiquei reticente em abrir apesar da minha imensa curiosidade. Geminianos são assim. Mas acredito que neste caso, qualquer um que se deparasse com uma geladeira amarela sozinha na calçada se sentiria impelido a abrir. Somos humanos curiosos.

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Tomei coragem: fotografei de todos os ângulos primeiro.

Depois li tudo, absolutamente TUDO o que estava escrito nela. Estava bem adesivada, instruções claras e… só faltava abrir.

Coloque a mão e… ABRI: não havia nada dentro. Era hora do almoço: 12h30

Funcionamento impecável. Até a lâmpada de dentro estava acesa. Estava limpíssima – acho até que bem mais do que a minha que limpo semanalmente.

De quem era? quem teve essa ideia bacana? será que a geladeira havia sido colocada naquele dia? tinha alguém zelando pela integridade dela? ou simplesmente deixou lá porque é uma pessoa que ainda acredita na humanidade?

Como detetive de araque, segui a fiação… passou por trás do primeiro vaso, do segundo, subiu a parede, a porta, a vitrine e, por fim, entrou na loja pela porta.

Entro. Curiosidade me matando. Pergunto para o caixa da loja: de quem é a geladeira? “fala com a gerente” diz a moça.

Vou atrás.

Explico para a gerente Juliana que já tinha visto várias iniciativas gentis na rua: cabideiro com roupas usadas, local com livros para compartilhar, flores num carrinho para você pegar, bancos, mesas…, mas, comida?

#AltaAnsiedade

Transformo-me em uma metralhadora de perguntas: vocês colocaram a geladeira? está funcionando? ninguém destruiu? nenhum engraçadinho teve alguma ideia besta e colocou algo que não deveria dentro? quem está usando? as pessoas estão gostando? como faz para participar? que tipo de comida vai lá dentro? e no final de semana? também colocam comida?

“Sim” diz Juliana: comida. E emenda: “e por que não?”

De fato, pensei: “E por que não?”

No começo ela disse que ficou um pouco preocupada com o tipo de uso. Mas logo depois tranquilizou-se pois percebeu que todos aqueles que abrem e tiram algo, voltam e colocam algo dentro depois, quando podem. O dono do restaurante de quilo ao lado da geladeira deixa algumas marmitinhas todos os dias em que está aberto. O ambulante da esquina que vende abacaxi e melancia em fatias no saquinho, deixa lá também. Tem um outro, dono da lotérica, que deixa copinhos de água e, vez e outra, refrigerante. Ela mesma sempre deixa alguma fruta embrulhada para consumo.

E quem abre e pega a comida de dentro? qualquer um, sem restrição. Desde o pedinte do bairro aos funcionários das lojas, gente que estaciona o carro abre a porta da geladeira e pega uma fruta ou água. Todos pegam e todos até o momento colaboram. Estava vazia porque era o horário do almoço. E mais: “se você voltar lá novamente vai ver que alguém já colocou uma comidinha dentro”.

Fico feliz. Vários estudos mostram que, se você é gentil com alguém, você se sente feliz.

Sinto-me realmente feliz com a iniciativa da loja e mais: como sou viciada nas pechinchas lá da Bresser, voltarei com a minha contribuição: faço pães e bolos para consumo próprio em casa e a família não dá conta de comer tudo. Continuarei distribuindo no farol, mas deixarei SEMPRE de agora em diante dentro da geladeirinha amarela aquilo que para mim é muito e, sobra. Como retorno ganho felicidade de volta!

Quem quer ser arquiteto paisagista?

Vídeo muito bacana que explica nossa profissão… Somos arquitetos, projetamos sonhos…
Divirtam-se!

Helena

 

Para todas as mães do mundo: sem palavras…

Centro Cultural Recoleta e Design Center

O atual Centro Cultural Recoleta abrigava em seus primórdios o convento dos monges recoletos. Construído em 1732 pelo arquiteto Andrea Bianchi o edifício passou por usos diversos (abrigo de mendigos, quartel, hospital, casa de repouso e outros) até que o arquiteto Juan Antonio Buschiazzo agregou ao projeto original novos pavilhões mantendo os claustros praticamente intactos. No final da década de 70, foi projetado o Centro Cultural pelos arquitetos Jacques Bedel, Luis Benedit e Clorindo Testa que mantiveram a estrutura original incluindo elementos ecléticos que misturam o estilo colonial com traços italianos e modernos. Atualmente, o centro dispõe de 27 salas de exposição, um espaço para cinema, auditório e anfiteatro onde exposições, recitais, concertos e eventos em geral acontecem juntamente com cursos, oficinas e pesquisas. A visita à loja de souvenirs vale à pena, pois muito da literatura produzida pelas universidades sobre arte contemporânea argentina pode ser encontrado por lá.

Ver também:

Arquitetura portenha: relação de edifícios “emblemáticos” e sua localização na cidade de BA

Texto muito bacana da Revista AU em que todo o processo de concepção e linguagens de projeto dos arquitetos acima citados é detalhadamente descrito. É uma tremenda AULA sobre arquitetura. Vale a leitura!

Paseo Recoleta

A Recoleta é um conjunto de praças, passeio e jardins que se espraia até Palermo. Suas figueiras imensas e frondosas associadas aos roseirais e gramados bem cuidados são um espetáculo à parte.

foto: Steph Degreas

O nome do bairro vem dos Padres Recoletos (ordem franciscana) que fundaram no século XVIII um convento, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Pilar e o cemitério em anexo. No final do século XIX, o bairro atraiu famílias abastadas que fugiam de epidemias como cólera e febre amarela. A partir daí, o local recebeu inúmeros palacetes e mansões rodeados de jardins que reproduziam as arquiteturas européias, em especial, a francesa, dando-lhe ares nobres e aristocráticos.

A partir de um belo passeio ladeado por roseirais de um lado e figueiras do outro, o visitante vislumbra a Basílica Nossa Senhora Del Pilar. Inaugurada em 1732 graças a Fernando Valdez e Inclán que cedeu as terras e Don Juan de Narbona que custeou a construção, sua fachada foi construída em moldes clássicos e em seu interior ainda mantém os retábulos e grande parte das imagens originais de sua construção. O interior da Igreja é branco e contém apenas uma nave com altares menores em nichos laterais. Sua torre maior e o campanário são os únicos da cidade. Do lado esquerdo, a capela abriga a imagem de São Pedro de Alcântara, fundador da ordem dos recoletos. Ao lado, você encontra um pequeno museu que expõe elementos de culto dos primeiros monges. Entre os séculos XIX e XX, várias modificações foram realizadas, mas por volta da década de 30 o arquiteto Andrés Millé reconstituiu sua arquitetura. Em 1942, foi declarada Monumento Histórico Nacional.

Children see… children learn… children do…

Aprendendo com os adultos como ser humano…

#reflexão

Trotes universitários: exemplos de cidadania

Esse post foi criado com o objetivo de mostrar alguns bons exemplos de cidadania promovidos por acadêmicos de cursos superiores quando do ingresso de alunos (futuros profissionais) em ambientes universitários.

Assim que eu tiver um tempo, vou organizar o material de forma mais adequada. Por enquanto, ficam os arquivos em PDF de alguns trotes que ajudei, juntamente com alunos diretórios Acadêmicos, Escritórios-Modelo e Empresa Júnios, todos em arquitetura e urbanismo, a organizar.

Parece tudo diversão (e eu considero que é mesmo), mas o trabalho é sério. Planejar, organizar, coordenar, ter objetivos claros, metas a alcançar, prazos a cumprir, escrever o projeto para envio a possíveis patrocinadores, obetr recursos, converncer a institutição de ensino superior de que o projeto é sério, definitivamente, não é tarefa fácil. Dá MUITO TRABALHO.

Premiação 1
Trote da Cidadania 2003
(ver página 21)
Projeto completo em PDF

Premiação 2
Trote da Cidadania 2004 (ver página 24)

Premiação 3
Trote da Cidadania 2002

Links interessantes para aqueles que desejam organizar um trote cidadão

http://www.educardpaschoal.org.br/
http://www.trotedacidadania.org.br/

Zorba: o grego

Inseri num post porque acho o filme muuuuiiiittttttoooo legal…

Será minha ascendência? rsrsrsrsrs

Do jeito que ando estressada ultimamente…

NÃO estranhem queridíssimos alunos se eu começar a dançar um “rassápiko” no meio da sala…

Em tempo: cobro para ensinar! hahahahaha!

Zorba, o grego

titulo original: (Zorba the Greek)

lançamento: 1964 (EUA)

direção: Michael Cacoyannis

atores: Anthony Quinn , Alan Bates , Irene Papas , Lila Kedrova , Eleni Anousaki

duração: 141 min

gênero: Drama

Sinopse

Basil é um escritor greco-britânico que cresceu na Inglaterra e agora passa por uma crise de criatividade e quer ir para Creta, a terra natal de seu pai. Enquanto espera para embarcar no navio que o levará à ilha, cuja saída está atrasada por causa do mau tempo, ele conhece o Zorba, um grego simples e entusiasmado, com vários apelidos, segundo ele próprio conta (um deles é “Epidemia”, pois espalharia o caos aonde passa). Zorba simpatiza com Basil e pede que ele o leve na viagem, como seu intérprete e talvez cozinheiro. Basil explica que pretende reabrir a mina de linhito de seu pai e quando Zorba conta que tinha experiência com mineração, Basil concorda com a sua companhia.

Ao chegarem ao vilarejo rural onde fica a mina, os dois instalam-se na pensão pomposamente chamada “Hotel Ritz”, de Madame Hortense, uma ex-cortesã francesa e agora uma solitária mulher. Enquanto Zorba e Hortense se tornam amantes, Basil fica conhecendo “a viúva da janela”, disputada por todos os homens do vilarejo mas que, contudo, os rejeita violentamente. Ao ver Basil ela se interessa por ele e Zorba percebe isso, mas o homem prefere ignorá-la e a toda e qualquer mulher e continuar com seu projeto de mineração.

Quando começam a trabalhar na mina, Zorba e Basil descobrem que as madeiras estão podres e tudo está prestes a desabar. Zorba percebe que precisam de madeira nova e avista o bosque no alto da montanha, que pertence a monges que vivem isolados. Zorba arranja forma de convencer os monges a autorizarem o derrube de árvores e tem a ideia de construir uma espécie de teleférico, que permitirá transportar os toros montanha abaixo, em alta velocidade. Basil concorda com o plano, que, se falhar, o deixará sem todas as suas economias e inviabilizará o seu futuro como empresário mineiro.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zorba,_o_Grego#Sinopse Acesso em: 15.11.2010 às 18:35:22

Mais informações em:

Adoro Cinema!

Viagem Técnica: Chicago

Todos os anos, o Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIAMFAAM organiza viagens técnicas nacionais e internacionais para seus alunos e ex-alunos colaborando em sua formação humanística e profissional. Para este ano, cerca de 40 pessoas estarão realizando uma viagem entre os dias 08.10.2010 e 16.10.2010 para a cidade de Chicago, Estados Unidos. Ao longo dos últimos meses, várias reuniões foram feitas com todos os alunos com o objetivo de elaborar o roteiro de visitas técnicas que será feito durante a estadia.

O roteiro é longo, extenso e aparentemente (para desespero de muitos… rsrsrs) não deixa muito tempo para a famosa “sacolagem”…
Reclamações devem ser dirigidas à Profª Paula, coordenadora do curso e organizadora da viagem… De minha parte, posso levar os alunos em livrarias e lojas bem legais desde que “fora do horário de expediente” técnico… (rsrsrsr) Aconselho também, a ida a concertos e espetáculos de dança (à parte da programação).

Chicago

FIAMFAAM Manual de Chicago

Roteiro de Visitas: Chicago

Espero poder compartilhar nossas experiências, fotos e vídeos nesse espaço todos os dias. Pedirei ajuda a todos os membros do grupo.

NOTA:
Para variar ( é a 2ª vez que isso acontece em 2010) não pude embarcar. Vamos ver o que pode acontecer hoje.

Independentemente do resultado de hoje à noite (no Brasil, tudo é loteria), decidi deixar o post sem aletrações pois a busca de roteiros turísticos especializados em arquitetura, urbanismo, paisagismo e cultura é muito grande. O roteiro criado pela Profª Paula, colegas e alunos é bom e destinado a arquitetos.  Um abraço a todos!
#frustração #impotência